Quase um terço dos mestres e doutores do país reside em São Paulo
Trinta por cento dos mestres e 32,88% dos doutores
brasileiros moravam no Estado de São Paulo em 2010, segundo levantamento
publicado em:
Mestres 2012: demografia da base técnico-científica
brasileira
lançado no dia 22 de abril pelo Centro de Gestão e Estudos
Estratégicos (CGEE).
A relação entre o número de mestres e a população
residente, no entanto, é maior no Distrito Federal (com 18 mestres por mil
pessoas entre 25 e 65 anos), seguido pelo Rio de Janeiro (9,2 mestres por mil)
e por São Paulo (7 mestres por mil).
A participação de São Paulo no total de títulos de
mestrado concedidos no país caiu de 38,8% em 1996 para 29,1% em 2009, embora o
número de mestrados concedidos por ano em São Paulo tenha quase triplicado
nesse período, passando de 4.035 a 11.284.
De acordo com o estudo, a formação de novos mestres
no país cresceu à taxa de 10,7% ao ano entre 1996 e 2009. A publicação aponta
que boa parte da expansão está ligada aos programas de pós vinculados a
instituições particulares, que respondiam por 22,4% dos titulados em 2009, ante
13,3% em 1996.
O livro dá continuidade a Doutores 2010:
estudos da demografia de base técnico-científica brasileira, que inaugurou
os trabalhos de produção de dados estatísticos sobre a formação e o emprego em
nível de pós-graduação do CGEE.
Entre as instituições que participaram do estudo
estão: a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), o
Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), o Departamento Intersindical de
Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o Conselho Nacional de
Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e a Coordenação Geral de
Indicadores do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.
O estudo foi feito a partir do cruzamento das bases
de dados do ColetaCapes – 1996-2009 (Capes/MEC) e da RAIS 2009 (MTE). Os dados
do Censo Demográfico 2010, recém-publicado pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE), também foram utilizados na pesquisa.
Outro dado apontado é que a população de mestres e
doutores é muito mais branca do que a população como um todo. Enquanto os
brancos correspondiam a 47% da população residente no Brasil em 2010, entre a
parcela com mestrado e doutorado a porcentagem de brancos subia para 80%. Por
outro lado, enquanto os negros representavam 8% da população total, apenas 3%
dos mestres e 2% dos doutores eram negros.
Além disso, embora as mulheres fossem maioria entre
os mestres, a remuneração delas era muito inferior à dos homens. Entre os
titulados em programas de mestrado, o número de mulheres superou o de homens em
1998 e cresceu depois disso. A sua remuneração mensal média, entretanto, era
42% menor do que a dos mestres homens.
A publicação está disponível para
download em: www.cgee.org.br/publicacoes/mestres_e_doutores.php
Fonte: http://agencia.fapesp.br
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