Protesto no Rio pede liberdade religiosa no Irã – Por Vitor Abdala
Seguidores da religião Bahá’i fizeram neste
domingo, no Rio de Janeiro, uma manifestação em defesa da liberdade
religiosa no Irã e pela libertação de fiéis presos na república islâmica.
O
protesto, na Praia de Copacabana, na zona sul da cidade, faz parte de uma
mobilização internacional, que prevê manifestações em várias cidades do mundo
nas próximas duas semanas.
O principal objetivo dos protestos é chamar a
atenção da comunidade internacional para a prisão de sete líderes da religião
Bahá’i em 2008. Eles foram condenados a 20 anos de prisão pela Justiça
iraniana, segundo a comunidade Bahá’i, simplesmente por sua crença religios
Segundo Mary Aune-Cruz, articuladora da comunidade
religiosa na sociedade e no governo no Brasil, os bahá’is sempre foram
perseguidos no Irã, país onde a religião surgiu em meados do século 19, mas a
situação piorou com a Revolução Islâmica em 1979. Mais de 100 fiéis estão
atualmente presos naquele país
"Existe uma perseguição sistemática dos
bahá’is pelo Estado iraniano. A gente diz que é uma perseguição do berço à
sepultura, porque há bebês presos junto com suas mães e uma das lideranças
presas tem mais de 80 anos", disse Aune-Cruz
Na manifestação de hoje, foi estendido sobre a
areia um painel do artista plástico Siron Franco de 10x15 metros. Além disso,
foram distribuídos panfletos aos pedestres, que explicam a situação dos bahá’is
no Irã. "Queremos mostrar que o mundo está olhando, está vendo a situação
dos direitos humanos no Irã", destacou a religiosa
O protesto contou com o apoio da Anistia
Internacional. Maurício Santoro, assessor de direitos humanos da organização
não governamental internacional, disse que a pressão internacional pode levar a
uma melhoria da situação dos direitos humanos no Irã.
"O regime se mostra
sensível a esse tipo de pressão, porque está preocupado com o que o resto do
mundo pensa sobre ele."
A Embaixada do Irã no Brasil não se pronunciou
sobre o caso da prisão dos bahá’is, mas informou, por meio de nota, que ninguém
é perseguido por causa de sua religião na república islâmica e que, segundo a
Constituição iraniana, todos os cidadãos têm os mesmos direitos.
Fonte: http://noticias.terra.com.br
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