Bispos ibéricos querem reforçar presença da Igreja no mundo digital - Por Ângela Roque
D. Pio Alves sublinha a
importância das redes sociais como novos meios de evangelização e diz ser
preciso trabalhar mais em conjunto.
Os responsáveis das comissões
episcopais das comunicações sociais de Portugal e Espanha querem reforçar a
cooperação para tornar mais eficaz a presença da Igreja no mundo digital.
Os bispos estiveram reunidos na Catalunha para falar das “redes sociais” como novos meios de evangelização. O presidente da Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais, D. Pio Alves, diz que chegaram à conclusão que têm problemas muito idênticos para resolver e que podem trabalhar mais em conjunto para evitar a dispersão de meios.
“É de todo o interesse que as diferentes instituições da Igreja, que de uma ou outra maneira trabalham nos novos suportes de comunicação, façam um esforço de aproximação em ordem a rentabilizar esforços, porque de facto é uma pena a dispersão que se verifica”, começa por explicar D. Pio Alves.
Segundo o bispo auxiliar do Porto, já existia essa consciência em Portugal, mas “verificámos infelizmente que em Espanha a situação é mais ou menos parecida com a nossa. Há dioceses com avanços muito significativos na utilização dos novos suportes, outras com níveis de utilização muito mais baixos”.
De qualquer modo, “há uma dispersão grande, não só das dioceses entre si como das diferentes instituições dentro de uma diocese, dispersão essa que não facilita nem potencia resultados”.
No comunicado final desta reunião, os bispos também se manifestam solidários com os jornalistas que arriscam a vida em defesa da verdade e pelos que são vítimas da crise económica. Esta é uma preocupação dos “responsáveis da Igreja, tanto em Portugal como na Espanha”.
D. Pio Alves recorda que “em Espanha, os índices de desemprego são ainda mais altos do que os nossos. Mas além de manifestarmos a nossa preocupação pela situação difícil pela qual passam os profissionais da comunicação, ao nível de emprego, manifestamos a nossa preocupação pelo sacrifício, muitas vezes das próprias vidas, que com muita frequência acontecem ao nível dos profissionais da comunicação”.
“Felizmente não no nosso país, nem em Espanha, mas no mundo são frequentes as informações de jornalistas que, por defesa da verdade, muitas vezes sacrificam a própria vida. É um reconhecimento que queremos fazer”, acrescentou o presidente da Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais.
Fonte: http://rr.sapo.pt
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