A crise na Igreja: Como o cristianismo sobrevive?
De autoria do grande sociólogo da
religião, professor Franz-Xaver Kaufmann. O livro revela o resultado de
pesquisas, iniciadas por ele em 1999, sobre os conflitos atuais da Igreja
católica romana e seus graves problemas de estrutura e percepção.
Com reflexões sóbrias acerca do
futuro do cristianismo, a obra aborda os três principais pontos da profunda
travessia da crise existencial da Igreja católica: 1. O encobrimento de
práticas de pedofilia por clérigos; 2. O tratamento aos dissidentes que
rejeitam os resultados essenciais do Concílio Vaticano II; 3. A relação com as
demais religiões do mundo, que se torna cada vez mais urgente com a crescente
globalização. As teses apresentadas na obra direcionam-se a um horizonte que é
mais vasto do que as informações oficiais o representam.
Dividido em seis capítulos, A
crise na Igreja, Como o cristianismo sobrevive? versa sobre os
seguintes temas: a ruptura com a tradição na transmissão das orientações
cristãs e eclesiásticas; como se deu o sucesso histórico do cristianismo na Antiguidade;
o cristianismo e a história da liberdade europeia; modernização, secularização
e eclesialização do cristianismo; a possibilidade de o cristianismo sobreviver
à modernidade; e as fraquezas estruturais da Igreja católica.
No primeiro capítulo, com o
auxílio de indicações estatísticas, o autor apresenta o desenvolvimento das
circunstâncias confessionais (falta de confissão), sobretudo as eclesiásticas
da Europa ocidental na virada deste terceiro milênio.
O segundo capítulo relata como o
cristianismo atingiu êxito em uma época, à primeira vista, semelhante à nossa,
quando a cultura urbana antiga se distinguia por considerável prosperidade, pela
existência de uma elite de reflexão pluralista e por uma crescente insegurança
em relação às características de identidade da unidade imperial.
No terceiro capítulo, são
esboçadas duas formas da influência do cristianismo nos desenvolvimentos
históricos do Ocidente, cuja consequência foi o surgimento da cultura e da
concepção de Estado liberais que, fundamentalmente, ainda são as nossas.
No quarto capítulo, o professor
Kaufmann partilha suas reflexões a partir das interpretações antagônicas dos
pensadores e sociólogos do iluminismo, Auguste Comte e Max Weber, e aborda as
repercussões dos desenvolvimentos modernos sobre o cristianismo.
O quinto capítulo responde à
questão sobre o futuro do cristianismo nas condições da modernidade, demonstra
as transformações da Igreja católica romana e diagnostica uma tendência
crescente de centralização e hierarquização unidimensional, que dificilmente
poderia enfrentar o “problema da mediação social”, cujos diagnósticos sobre a
situação religiosa atual são múltiplos e desorientados.
O sexto e último capítulo foi
reescrito e aborda o envelhecimento da Igreja por conta da modernização, o
aumento dos casos de abusos sexuais contra crianças e adolescentes dentro do
clero e as evidentes manobras por parte da hierarquia para encobri-los.
O texto original deste livro foi
produzido em conexão com as Guardini-Lectures, as quais o professor Kaufmann
pôde realizar em maio de 1999 na Humboldt-Universität de Berlim. No Brasil, a
obra foi lançada por Edições Loyola e já pode ser adquirida por meio do site: www.loyola.com.br ou pelo e-mail: vendas@loyola.com.br
Sobre o autor
Franz-Xaver Kaufmann, nascido em
1932, é professor emérito de Política Social e Sociologia na Universität
Bielefeld. Atuou, de 1979 a 1983, como diretor do Centro para Pesquisa
Interdisciplinar da Universität Bielefeld e, de 1980 a 1992, trabalhou no
Instituto de Demografia e Política Social, por ele fundado. Seu foco de
pesquisa é, entre outros, a sociologia da religião. Na editora Herder, foi
organizador (juntamente com K. Rahner, B. Welte, F. Böckle e R. Scherer) da
biblioteca enciclopédica: “Fé cristã na sociedade moderna”.
Serviço:
Autor: Franz-Xaver Kaufmann
Páginas: 168
Formato: 14 x 21 cm
Fonte: http://www.jornaldiadia.com.br
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