Bibliotecas portuguesas entre as mais impressionantes
Um livro da autoria do académico
James Campbell, da Universidade de Cambridge, apresenta as bibliotecas mais
"impressionantes" do mundo.
Portugal está duplamente representado na
lista, com a Biblioteca Joanina da Universidade de Coimbra e a do Palácio Nacional
de Mafra.
Com 320 páginas, 'A Biblioteca' ('The Library', no original) é o primeiro volume alguma vez escrito com a história completa dos edifícios deste género. Para a sua produção, James Campbell visitou mais de 80 bibliotecas em 20 diferentes países, todas elas ilustradas em fotografias capazes de tirar o fôlego a qualquer um.
Ao fim de cinco anos de pesquisa, três dos quais a viajar pelo mundo com o fotógrafo Will Pryce, o resultado do trabalho deste especialista em arquitetura foi a mais complexa obra publicada sobre as maiores bibliotecas do mundo. O objetivo era mostrar aquilo que, outrora, as sociedades, para quem conhecimento era, literalmente, poder, estavam dispostas a investir num centro do género.
A preferida do autor, segundo conta, é a de Abbey Admont, na Áustria, a biblioteca mais antiga do mundo num mosteiro. No entanto, entre as incríveis fotos documentadas em 'A Biblioteca', há dois edifícios portugueses cuja riqueza não passou despercebia ao autor de 45 anos. São elas a Biblioteca Joanina da Universidade de Coimbra e a do Palácio Nacional de Mafra.
"As bibliotecas públicas estão cada vez mais sob ameaça e já se fala sobre se o seu fim estará ou não em causa", refere James Campbell, citado pelo Daily Mail. "Mas eu adoro-as e fiz questão de mostrar a história surpreendente que há por detrás delas."
"A percepção que cada um tem das bibliotecas é, maioritariamente, feita com base nas experiências que têm com elas. Por isso, por isso a maioria das pessoas não tem ideia de como parecem uma biblioteca romana ou medieval. O objetivo era juntar todos estes edifícios num só volume", diz Campbell.
O autor explica que "durante centenas de anos, as bibliotecas foram construídas com a mais alta estima, com investimentos megalómanos, quer por questões de orgulho pessoal, quer por serem um símbolo da importância cultural numa determinada sociedade". "Por isso é que há bibliotecas que são apenas um espaço para armazenar livros e outras que são autênticas obras de arte só por si", conclui.
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