Unegro realiza ato de promoção e respeito à diversidade religiosa – Por Ana Emília Ribeiro
Para marcar a passagem dos 10
anos de vigência da Lei 6.464/04, que criou o Dia Municipal de Combate à
Intolerância Religiosa em Salvador, de autoria da então vereadora Olívia
Santana (PCdoB), a União de Negros pela Igualdade (Unegro) realizará no dia 21
de janeiro, um Ato Cultural de Celebração com o tema:
“Basta de Intolerância,
diga sim à convivência pacífica entre as religiões!”
O evento tem início às
9h, no Salão Nobre da Reitoria da Universidade Federal da Bahia (UFBA), bairro
do Canela. Realizado em parceria com o Coletivo de Entidades Negras (CEN), com o bloco
afro Reconvexo e o Centro de Educação e Cultura Popular (Cecup), o evento tem
como objetivos celebrar a data, promover a cultura do respeito à diversidade
religiosa e fazer valer o direito constitucional de liberdade de culto.
O ato
conta com o apoio da Fundação Cultural Palmares, das secretarias de Promoção da
Igualdade Racial (Sepromi) e do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte do Estado da
Bahia (Setre), além da UFBA.
Durante o Ato Cultural, a
Fundação Cultural Palmares e a Fundação Gregório de Mattos assinarão o
protocolo de intenções para instalação do Busto em Homenagem a Mãe Gilda.
A
atividade reunirá diversos segmentos religiosos em defesa da paz e da boa
convivência entre as diferentes religiões. O evento contará ainda com
apresentações de índios Pataxós do Sul da Bahia, de corais e performances de
diferentes religiões, além das cantoras Margareth Menezes, Márcia Short e Carla
Visi, e o cantor Gerônimo.
Histórico
O Dia Municipal de Combate à Intolerância Religiosa, instituído no ano de 2004, serviu de inspiração para a Lei 11.635/07, de autoria do deputado federal Daniel Almeida (PCdoB-BA). Após sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o 21 de janeiro passou a ser o Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa e a data foi incluída no Calendário Cívico da União para efeitos de comemoração oficial.
O Dia Municipal de Combate à Intolerância Religiosa, instituído no ano de 2004, serviu de inspiração para a Lei 11.635/07, de autoria do deputado federal Daniel Almeida (PCdoB-BA). Após sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o 21 de janeiro passou a ser o Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa e a data foi incluída no Calendário Cívico da União para efeitos de comemoração oficial.
A data marca a passagem da morte
da yalorixá Gildásia dos Santos, conhecida como Mãe Gilda. A líder religiosa
passou por uma série de complicações após ter sido atacada pelo jornal Folha
Universal da Igreja Universal do Reino de Deus, em 1999, vindo a falecer no ano
seguinte.
Na matéria, a yalorixá foi
tratada como “charlatã” e “macumbeira”. Após o ocorrido, a família da vítima
encampou uma luta jurídica em busca de punição para os culpados, obtendo êxitos
e enfrentando alguns revezes, como a redução do valor inicialmente fixado para
a indenização. O caso se tornou um emblema da luta contra a intolerância
religiosa.
Fonte: http://www.vermelho.org.br
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