Estudo mostra que ciência e religião andam de mãos dadas nos EUA

Metade dos evangélicos americanos acreditam que uma apoia a outra. Um quarto dos americanos, por outro lado, acham que elas se opõem.

Ciência e religião podem se misturar facilmente nos Estados Unidos, um país relativamente religioso, revelou uma pesquisa publicada no domingo (16/02). O estudo da Universidade de Rice, no Texas, feita com mais de 10 mil americanos, inclusive cientistas e evangélicos.

"Descobrimos que quase 50% dos (cristãos) evangélicos acreditam que ciência e religião podem trabalhar juntas e apoiam uma à outra", afirmou a socióloga Elaine Howard Ecklund.

Ecklund apresentou os resultados no encontro anual da Associação Americana para o Avanço da Ciência (AAAS), em Chicago. Apesar de ter uma população de crenças diversas, os Estados Unidos têm maioria cristã.

"Isto contrasta com o fato de que apenas 38% dos americanos sentem que ciência e religião podem trabalhar juntas", explicou Ecklund.

A consulta revelou que 27% dos americanos acreditam que ciência e religião estão em desacordo e que entre aqueles que se sentem dessa forma, 52% se posicionam do lado da religião.O estudo da Universidade de Rice demonstrou que os cientistas e a maioria da população são ativos similarmente em suas vidas religiosas.

A pesquisa demonstrou que 18% dos cientistas assistiram a cultos religiosos semanais, em comparação com 20% da população em geral. A consulta também demonstrou que 15% dos cientistas se consideram muito religiosos contra 19% da população em geral. Enquanto isso, 13,5% dos cientistas leem textos religiosos semanalmente, em comparação com 17% da população americana. 19% rezam várias vezes ao dia, contra 26% da população como um todo.

Além disso, quase 36% dos cientistas afirmaram não ter dúvidas sobre a existência de Deus. "A maioria do que vemos nos noticiários é de histórias sobre estes dois grupos divergentes sobre questões controversas, como o ensino do criacionismo nas escolas", disse Ecklund.

Portanto, "esta é uma mensagem esperançosa para os desenvolvedores de políticas e educadores porque os dois grupos não têm que abordar a religião com uma atitude de combate", prosseguiu Ecklund. "Em vez disso, deveriam abordar o tema tendo a colaboração em mente", concluiu.





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