Motociclistas se reúnem mensalmente para rezar e pedir proteção – Por Mariana Laboissière
Capacetes em punho, jaquetas de
couro, lá vêm eles. Embalados pelo roncar do motor, alguns exibem longos
cabelos, outros deixam as tatuagens à mostra.
Não vão para um show de rock,
tampouco para um encontro de motociclistas. A reunião será para ouvir a palavra
de Deus.
Uma vez por mês (toda última
quinta-feira), cerca de 200 pessoas se reúnem para assistir ao MotoCulto, uma
celebração religiosa voltada a esses aventureiros das estradas, com direito a
pastor e bênção de capacetes.
Atualmente, o encontro acontece
em um galpão da Vila da Graça, uma espécie de igreja improvisada no Park Way.
Os integrantes também participam de encontros semanais voltados às orações e ao
estudo da Bíblia.
O pastor André Fernandes, 50
anos, mais conhecido como Geleia, é quem comanda o encontro. Ligado à Igreja Batista Cristã,
ele também está à frente do Esquadrão de Cristo, um grupo de motociclistas
cristãos criado há nove anos é responsável por organizar as celebrações.
“É um culto feito por
motociclistas e para motociclistas. É algo muito livre. Louvamos com músicas e
a palavra é contextualizada para o grupo”, explica. Após os MotoCultos, os
participantes se reúnem em atividades externas. “Falamos da vida, da família,
da nossa moto e das nossas viagens”, arremata Geleia.
Qualquer pessoa, independentemente da religião, é bem-vinda aos encontros. É o caso do bancário Luciano Hofstatter, 38 anos, integrante do Motoclube Abutres. Ele casou-se durante um MotoCulto. A cerimônia aconteceu em 2013 durante o MotoCapital, um dos maiores eventos do gênero no mundo, promovido anualmente em Brasília.
Qualquer pessoa, independentemente da religião, é bem-vinda aos encontros. É o caso do bancário Luciano Hofstatter, 38 anos, integrante do Motoclube Abutres. Ele casou-se durante um MotoCulto. A cerimônia aconteceu em 2013 durante o MotoCapital, um dos maiores eventos do gênero no mundo, promovido anualmente em Brasília.
“Minha mulher é evangélica, mas eu não. Acredito em
Deus. Assisto aos cultos de vez em quando. Lá, fala-se a nossa língua. O
pastor aproxima as passagens bíblicas do universo das estradas. Isso é muito
legal e você não vê em nenhuma outra igreja”, comenta.
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