Pastora recém ordenada é excluída de igreja presbiteriana no México - Por Leiliane Roberta Lopes

A Comunhão das Igrejas Presbiterianas Reformadas de Chiapas, no México, e a Igreja Nacional romperam ligações por conta da demissão de uma pastora.

Ordenada em 15 de dezembro pela Comunhão, Cira Hernández Gutiérrez foi desligada no dia 23 de fevereiro pela Igreja Nacional que alegou não concordar com a participação dela nos cultos.

O pastor Francisco Gómez Maça, que chegou a participar da ordenação de Cira, escreveu um texto no jornal “Excélsior” denunciando a decisão da Igreja Nacional dizendo que a pastora foi mandada embora sem receber nenhum tipo de indenização.

Cira Gutiérrez somava 25 anos de trabalhos eclesiásticos, sempre atuando em defesa dos direitos humanos, realizando trabalhos que eram permitidos apenas às mulheres.

Mas o Presbitério Centro Norte de Chiapas resolveu expulsá-la dizendo que “só os varões têm o privilégio de encabeçar celebrações no templo” e também aplicou uma medida disciplinar de um ano contra o pastor Maça por ter feito a denúncia.

Em Chiapas restaram apenas três pastoras, todas elas envolvidas com atividades sociais, realizando trabalho junto aos mais pobres da região. Cira recorreu à justiça para que seus anos de trabalho sejam reconhecidos e levantou demanda trabalhista no setor de Conciliação e Arbitragem.


Por conta deste episódio, a Comunhão de Igrejas Presbiterianas Reformadas de Chiapas escreveu uma nota pública dizendo que se afastou completamente da Igreja Nacional Presbiteriana “por discordar da posição quanto ao papel da mulher na igreja e das doutrinas fundamentais e fanáticas” que a denominação tem adotado.



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