"Aula de uma só religião na escola regular é retrocesso", afirma antropóloga
Ana Paula Miranda, pesquisadora
da Universidade Federal Fluminense, comentou o assunto no programa Todas as
Vozes.
"A escola deveria ser um
espaço de aprendizado sobre a história de todas as religiões. Educação
confessional, como tem acontecido no município do Rio de Janeiro, não deveria
ser papel do ensino regular". A afirmação é de Ana Paula Miranda, antropóloga,
coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Antropologia da Universidade
Federal Fluminense (UFF) e coordenadora de um projeto de pesquisa sobre
intolerância religiosa nas escolas.
Em entrevista ao programa Todas
as Vozes, na quinta-feira (21/08), Ana Paula Miranda falou do que chama de
"distorções" que podem ser geradas pelo modelo implantado no Rio de
Janeiro em 2012.
O ensino religioso é facultativo,
oferecido nas escolas de turno único da rede municipal. No momento da
matrícula, o pai ou responsável decide se o filho irá cursar a disciplina e em
qual credo.
As aulas são ministradas em um
modelo confessional e a prefeitura realizou, em 2012, concurso para a
contratação de 100 professores: 45 docentes católicos, 35 evangélicos, dez
espíritas e dez de religiões de matriz africana.
Fonte: http://radios.ebc.com.br
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