Cresce casos de perseguição religiosa em Cuba – Por Leiliane Roberta Lopes
CSW pede apoio dos Estados
Unidos, União Europeia e comunidades internacionais para barrar as violações da
liberdade de crença.
A organização Christian
Solidarity Worldwide (CSW) divulgou um relatório falando sobre o
aumento da perseguição religiosa em Cuba, mostrando que nos últimos anos foram
feitos diversos registros de hostilidade, tortura e prisões.
Segundo o documento desde o início
de 2014 até meados de julho foram registradas 170 violações de liberdade
religiosa, tendo dezenas de vítimas. O número de sete meses de estudo é quase o
mesmo do que foi registrado ao longo de 2013 que teve 180 casos, em 2012 foram
120 casos e em 2011 apenas 40.
A investigação da CSW percebeu
que agentes do governo cubano empregam táticas mais brutais do que as usadas em
anos anteriores. Entre os relatos mais impressionantes está o caso de dezenas
de mulheres filiadas à “Ladies in With” (Damas de Branco) que foram violentadas
fisicamente durante um culto de domingo pela manhã por agentes de segurança.
Outros líderes religiosos foram ameaçados de terem suas igrejas fechadas, confisco de imóveis, demolição de igrejas e até prisões temporárias.
“É angustiante ver um aumento tão
significativo e sustentado de violações relatadas da liberdade religiosa em
Cuba”, disse Mervyn Thomas, diretor da CSW. Segundo ele, o governo cubano tem
se recusado a permitir que todas as organizações religiosas funcionem legalmente.
Thomas lembra o caso do reverendo
Homero Carbonell que foi líder da Primeira Igreja Batista da cidade de Santa
Clara que está exilado nos Estados Unidos depois de prestar serviços em Cuba
por 50 anos.
Carbonell e sua igreja foram
fortemente perseguidos pelo governo de Cuba que controlava todas as atividades
e manifestações de fé. Acredita-se que a perseguição se dava pela recusa do
religioso de cooperar na expulsão de membros dissidentes.
O reverendo batista se aposentou
e hoje vive exilado nos Estados Unidos, mas a congregação ainda sofre pressão
das autoridades. “Estamos profundamente tristes que o reverendo Carbonell, que
dedicou grande parte de sua vida ao ministério dentro de Cuba, foi empurrado
por perseguição do governo a ponto de ir para o exílio”, escreveu Mervyn Thomas
no documento.
O diretor da CSW pediu que a
comunidade internacional se manifeste pedindo mudança no comportamento de Cuba
em relação à liberdade religiosa.
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