Caminhada Religiosa reúne cerca de mil pessoas em Copacabana – Por Regiane Jesus

A chuva não tirou o brilho da 7ª Caminhada Pela Liberdade Religiosa, que aconteceu na manhã de domingo (21/09) na Praia de Copacabana. 

Um pequeno incidente, causado por um homem que se deitou embaixo do trio elétrico e precisou ser retirado por um bombeiro, também não atrapalhou a festa, que durou cerca de cinco horas. De acordo com a organização do evento, cerca de mil pessoas, representantes de diversos credos, se reuniram para pedir paz.

A ministra da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Ideli Salvatti, compareceu à concentração no Posto 6, ponto de partida da caminhada que seguiu até a altura do Lido. 

“É importante demonstrar de forma clara que religião é a cultura da paz, do amor. A gente precisa atuar cada vez mais para eliminar a intolerância religiosa, e é importante mostrar que não existe guerra religiosa e, sim, guerra de poder. A diversidade deve conviver de forma harmoniosa, mas, infelizmente, nos últimos quatro anos, recebemos 500 denúncias de casos de violação pelo disque 100”, diz a ministra.

Com o slogan: ‘caminhando a gente se entende’, o evento reuniu representantes da umbanda, do candomblé, espíritas, budistas, judeus, muçulmanos, entre outros. Adepta do candomblé, Inês Teixeira, que é superintendente de Promoção da Igualdade Racial do Município de Nilópolis, já sentiu o preconceito na pele.

“Muitas vezes me disseram que a minha religião faz o mal. Essa discriminação deixa marcas profundas. Todos devem ter o direito de professar a sua fé”, afirma.

Toja dos Reis é a prova de que as religões podem conviver de forma harmoniosa. O bailarino e artista plástico é, ao mesmo tempo, católico e seguidor de religião de matriz africana. “Vou à missa e aprecio o candomblé. O importante é ter fé”, acredita.

O judeu Jaime Salomão engrossa o coro. “É importante o convívio entre pessoas de todas as religiões, só o diálogo vence o radicalismo”, afirma.


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