Fundamentalismo islâmico cresce na Indonésia – Por Darci Vilarinho
As últimas ações dos milicianos
do Estado islâmico, no Iraque e na Síria, influenciam os grupos extremistas em
outras zonas do planeta, dizem professores universitários da Indonésia.
Na Indonésia, a Comissão para os
Leigos da Conferência episcopal convidou ultimamente três professores
universitários para explicarem aos cristãos o que é o fundamentalismo islâmico.
O seminário realizou-se na sede do episcopado, em Jacarta, para bispos, sacerdotes,
religiosas, leigos, católicos e evangélicos.
Durante o encontro, do qual a
agência AsiaNews ofereceu um amplo relatório, foi sublinhado que as injustiças
sociais, a pobreza e uma certa propaganda alimentam o extremismo e que, para o
contrastar, são necessárias figuras muçulmanas moderadas e de relevo, como o
ex-presidente da República da Indonésia, Abdurrahman Wahid, mais conhecido pelo
público como «Gus Dur».
A Igreja tomou esta iniciativa
importante diante de uma situação cada vez mais preocupante na Indonésia, um
país onde, não obstante uma longa tradição de coexistência pacífica entre os
fiéis de diversas religiões, se regista hoje um crescimento do extremismo
islâmico, um fenómeno que nos últimos tempos assumiu características ainda mais
radicais e perigosas com o projeto de criação de um califado.
Os últimos acontecimentos
provocados pelos milicianos do Estado islâmico, no Iraque e na Síria, têm
influenciado os grupos extremistas, e é por isso que o governo da Indonésia e
outras instituições lançam um alerta para um possível desvio violento.
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