Católicos em baixa, e protestantes, espíritas e evangélicos em alta – Por José Reis Chaves
Amo todas as religiões,
principalmente a Igreja Católica, em que fui criado e educado, e fui até
estudar para padre redentorista. Mas acabei me tornando um estudioso de todas
as religiões, ou seja, um teósofo.
E só se chega a uma religião mais certa conhecendo
também as outras. E foi assim que encontrei a doutrina dos espíritos codificada
por Kardec.
Pude constatar que há dois
cristianismos: um evangélico e um dogmático, e que a religião que os tem em
maior quantidade é a católica. Por isso ela é mais dogmática do que evangélica.
E quase que se pode dizer o mesmo dos protestantes e dos evangélicos. Já a
Igreja Ortodoxa é menos dogmática. E o espiritismo tem princípios fundamentais,
que não são bem dogmas.
Para que os erros sejam
reparados, alguém tem que os criticar. Nos meus escritos tenho demonstrado
doutrinas erradas, erradas porque não são ensinadas pelo evangelho do excelso
Mestre.
E, exatamente porque não são evangélicas, encontraram resistência de
muitos teólogos, e porque encontraram essa resistência, viraram dogmas. E ai
dos que no passado fossem contra um dogma! Eram degolados e mais tarde
queimados vivos nas fogueiras da Inquisição! Assim, os dogmas dominaram o
cristianismo e estão aí até hoje sendo a base dele, principalmente da Igreja.
E se a Igreja está diminuindo,
não é por acaso. Alguém diria: mas os protestantes e evangélicos, como vimos,
têm também vários dogmas. É verdade, mas em número menor do que os da Igreja, e
cada vez mais cresce o esvaziamento das doutrinas dogmáticas entre protestantes
e evangélicos. Isso porque eles não possuem uma hierarquia rigorosa
eclesiástica, sendo eles mais livres para defender suas próprias ideias
teológicas inovadoras.
Tenho dito que muitas pessoas descobrem verdades, mas ficam em silêncio, pois, se as expuserem em público, terão consequências para a sua vida religiosa profissional, o que acontece muito com padres e pastores.
E alguns indivíduos
importantes da Igreja têm dito a mim que apreciam as minhas ideias, as quais
eles gostariam de defender também de público, mas não o podem fazer! Outros
dizem que eu sei das coisas, tenho coragem de dizê-las e o faço com respeito
aos que não pensam como eu.
Eu digo-lhes que sou sincero, procurando, sim,
evitar ofender as pessoas que seguem ideias diferentes das minhas e que não me
preocupo com o aspecto literário (artístico) do que escrevo, mas com clareza e
simplicidade, para que as pessoas que me leem e me ouvem não só entendam
facilmente e com clareza minhas ideias, mas que sintam também o que sinto com
elas.
Quanto aos espíritas, eles têm
princípios fundamentais e importantes, mas que são racionais e baseados no
evangelho, sem a necessidade de interpretações literais ou alegóricas duvidosas
de grande parte dos outros cristãos, que forçam as interpretações da Bíblia às
doutrinas defendidas pelos dogmas criados pelos teólogos ao longo dos séculos.
Os rituais e as cerimônias, que o
espiritismo não tem, não possuem valor prático se eles não fazem as pessoas
melhorarem a sua boa conduta.
Foi o próprio Jesus quem ensinou (Mateus 5: 23 e
24) que, se alguém estiver no altar fazendo oferendas a Deus, mas se lembrar de
estar em conflito com uma pessoa, que interrompa suas oferendas, vá
primeiramente se reconciliar com ela, e só depois disso, então, volte a suas
oferendas no altar!
Recomendo “Meu Pequeno Evangelho
– Turma da Mônica”, Editorial Boa Nova, 2014, Catanduva, SP.
Fonte: http://www.otempo.com.br
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