Boko Haram mata centenas de pessoas em ataque no nordeste da Nigéria
Centenas de pessoas foram
assassinadas ontem pela milícia islamita Boko Haram no segundo ataque em menos
de uma semana na cidade de Baga, localizada às margens do lago Chade, no
nordeste da Nigéria, confirmaram nesta quinta-feira à Agência Efe autoridades locais.
Os milicianos não encontraram
resistência porque as forças de segurança destacadas em uma base militar
próxima fugiram após o primeiro ataque, ocorrido no sábado.
Alguns residentes da localidade
que fugiram para a capital do estado de Borno, Maiduguri, disseram à imprensa
como os agressores queimaram e saquearam a aldeia e "restou pouco de
pé".
"Centenas de milicianos
fortemente armados começaram a atear fogo em estabelecimentos e casas e mataram
todos aqueles que tentavam fugir", relatou Moussa Maina Yousef, morador da
cidade.
Outra testemunha do massacre
afirmou que durante sua fuga tinha visto "centenas de corpos"
espalhados pelas ruas e que não restou "ninguém" em Baga.
Além disso, as testemunhas que
fugiram para Maiduguri afirmaram que várias aldeias ao longo da margem do lago
Chade também tinham sido arrasadas pelo Boko Haram, que desde o fim de semana
controla a região sem oposição graças à retirada dos militares.
No sábado, centenas de milicianos
do grupo islamita atacaram uma base de vários países estabelecida originalmente
para combater o crime internacional no lago Chade, cujas águas são
compartilhadas por Nigéria, Níger, Chade e Camarões, mas que depois passou a
ser utilizada para combater o Boko Haram.
No entanto, devido à crescente
pressão do grupo na zona litorânea do lago, as unidades militares dos outros
três países se retiraram faz tempo, segundo confirmou o chefe das forças
armadas, o marechal Alex Barde.
O militar não deu mais detalhes
sobre os combates, apenas que o exército nigeriano tentará organizar uma
operação para recuperar a base assim que for possível.
Em sua campanha para estabelecer
um califado islâmico no nordeste da Nigéria, o Boko Haram matou mais de 15 mil
pessoas desde que iniciou seu enfrentamento com o governo, em 2009.
Fonte: http://noticias.terra.com.br
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