Adeptos das religiões de matriz africana discutem legalização dos terreiros em Paulista
Com o objetivo de legalizar os
terreiros existentes no município de Paulista, adeptos das religiões de matriz
africana participaram de um seminário na tarde da sexta-feira (27/02).
O evento, que aconteceu, na Casa
do Pai Carlos de Ayrá, no bairro da Mirueira, em Paulista, foi coordenado pela
Gerência de Igualdade Racial da Secretaria Municipal de Políticas Sociais,
Esportes e Juventude, e teve o intuito de orientar os babalorixás sobre o
processo de regularização jurídica e dos benefícios.
De acordo com o gerente de
Igualdade Racial do Paulista, José Rufino, o processo de legalização será
trabalhado em duas etapas. "Hoje foi formulado o estatuto e no próximo mês
será definida a ata de posse. Nosso objetivo é trazer para esses terreiros a
legalidade institucional e jurídica. Além dos municipais, também estiveram
presentes representantes de terreiros de Itamaracá, Caruaru, Itapissuma e Cruz
de Rebouças", explicou.
Com a legalização, os terreiros
passam a participar de editais junto às esferas de poder que trazem recursos
para a comunidade e viabilizam a realização de projetos voltados à valorização
da cultura afro-brasileira. Atualmente, em Paulista, 120 Casas religiosas de
matriz africana estão catalogadas.
O seminário contou com o apoio da
Faculdade Joaquim Nabuco, Movimento Negro Unificado, Cômite Estadual de
Promoção da Igualdade Racial, e Fórum de Comunidades Tradicionais de Matrizes
Africanas do Paulista.
Comentários