Cristão relata situação atual na Tunísia após atentado
Estou vendo o que significa viver
em uma região onde a religião é o centro de tudo, até mesmo de um ataque
terrorista.
A equipe da ASN (Agência
Adventista Sul-Americana de Notícias) conversou nessa semana com cristãos
que estão em Tunis, capital da Tunísia. No domingo, 29/03, mais de 10 mil
pessoas participaram de uma manifestação e foram até o Museu Nacional do Bardo,
ao lado do prédio do Parlamento do país, onde aconteceu o ataque terrorista dia
18 de março.
Nessa data, 21 turistas e um tunisiano foram assassinados por dois
homens armados que entraram de carro no local e abriram fogo. As autoridades
tunisianas informaram que foi morto o suposto líder do ataque.
Mas, na prática, um cristão que
prefere não se identificar disse à ASN que acabou de se mudar para o país e
garante que a situação ainda é tensa. Esse religioso trabalha na chamada Região
do Maghreb (termo que se refere a alguns países do Norte da África), explica
que chegou ao local com muitas expectativas, mas que viu a gravidade
pós-atentados.
“Estou vendo o que significa viver em uma região onde a religião
é o centro de tudo, até mesmo de um ataque terrorista. Esse ataque foi uma
represália à abertura do país ao ocidentalismo, desde que os fundamentalistas
islâmicos querem manter o país debaixo de um regime religioso rigoroso”,
avalia.
Para o cristão ouvido pela
reportagem, “não é fácil voltar à vida normal depois desse ataque, quando em
cada esquina da cidade existem policiais parando os veículos e fazendo revisão
em tudo e todos. Até mesmo para entrar nos grandes supermercados temos de
passar por detectores de metal. Essa é uma das coisas que temos de nos
acostumar trabalhando no Oriente Médio e Norte da África, o risco”.
O
entrevistado informou, ainda, que por conta do ataque da metade de março já
houve repercussão na diminuição de cruzeiros de turistas que costumavam ser
frequentes ao país.
A Tunísia é predominantemente
islâmica (98% da população professa essa religião) e possui cerca de 10 milhões
de habitantes. Extraoficialmente são cerca de 25 mil cristãos que vivem nessa
nação. O Ministério Portas Abertas classifica a Tunísia como o 36º país com
maior perseguição religiosa a cristãos.
Fonte: noticias.adventistas.org
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