Igreja histórica na Região Portuária do Rio de Janeiro é reinaugurada- Por Daniel Silveira
Capela de São Francisco da
Prainha, uma das mais antigas da cidade. Tombada pelo Iphan ela foi fechada em 2004 reaberta após revitalização.
A Igreja de São Francisco da
Prainha, na Saúde, Zona Portuária do Rio de Janeiro, uma das mais antigas da cidade, foi
reinaugurada na noite desta terça-feira (07/07). Ela estava fechada desde 2004, por
determinação da Defesa Civil, devido a problemas estruturais e passou por obras
de revitalização dentro do projeto do Porto Maravilha.
A missa de reinauguração,
celebrada pelo Cardeal Dom Oroni Tempesta aconteceu com a igreja lotada. Alguns
fiéis acompanharam a cerimônia do lado de fora do templo."É muito emocionante voltar
aqui. Ela ficou muito bonita. Precisava mesmo dessa reforma. Ela merecia",
disse o aposentado Ailton José da Rocha, de 65 anos, que contou ter feito a sua
primeira comunhão, em 1961, na Igreja de São Francisco da Prainha.
Recuperação da história
A igreja foi construída em 1696
pelo Padre Francisco da Motta. Ela chegou a ser destruída durante a invasão
francesa, em 1711, e reconstruída a partir de 1738, quando ganhou o estilo
barroco. Em 1938 ela foi tombada como monumento artístico pelo Instituto do
Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
Já no começo do século XXI, a
igreja estava em completo estado de abandono. As esquadrias em madeira estavam
comprometidas pela ação de cupins e o reboco, da fachada e da parte interna,
cedia em vários pontos, o que levou a Defesa Civil a interditá-la. As obras de
restauração, orçadas em quase R$ 4 milhões, só tiveram início em 2013,
promovidas pelo programa Porto Maravilha Cultural.
"O Porto Maravilha, além de
modernizar a região e trazer diversas oportunidades, tem a recuperação do
patrimônio histórico. Nós já recuperamos o Cais do Valongo, os Jardins
Suspensos do Valongo essa igreja, que é belíssima", ressaltou o prefeito
Eduardo Paes ao destacar que a reinauguração da igreja ainda faz parte das
comemorações pelos 450 anos da cidade.
Dom Orani destacou a importância
histórica da igreja, que até os tempos do Império tinha sua escadaria banhada
pelas águas do mar. "A história do Rio de Janeiro se confunde com a do
Brasil em tantas épocas e ao recuperar a memória dessa região Portuária do Rio
reaparece um pouco a história do país também", destacou.
Fonte: http://g1.globo.com
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