Islamitas ameaçam com protestos se estatuto do Islão for alterado


Grupos islâmicos conservadores do Bangladesh ameaçaram hoje com protestos em larga escala se um tribunal decidir que o Islão não pode continuar a ser considerado a religião oficial do Estado de maioria muçulmana.

O Bangladesh é oficialmente secular, mas o Islão tem sido a religião oficial há quase três décadas. Mais de 90% da população é muçulmana, sendo os hindus e os budistas as principais minorias.

O Supremo Tribunal está a analisar uma petição apresentada por secularistas, que consideram que o estatuto do Islão como religião estatal contraria a Constituição secular e discrimina os não-muçulmanos.

"Qualquer ato para alterar o estatuto do Islão debilitará e difamará a religião", declarou o mufti (académico islâmico) Mohammad Faezullah, secretário-geral do partido islamita Islamic Oikya Jote (IOJ), adiantando que "os partidos islâmicos, pessoas em geral e clérigos resistirão realizando protestos".

A decisão do tribunal ameaça exacerbar as tensões entre os secularistas e os islamitas da linha dura na conservadora nação, que recentemente foi palco de uma onda de assassínios de 'bloggers' ateus, minorias religiosas e estrangeiros.






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