Rabino Jonathan Sacks vence o Prémio Templeton por promover entendimento inter-religioso – Por Filipe d'Avillez


O antigo rabino-mor do Reino Unido pretende usar o dinheiro do prémio para intensificar o combate ao extremismo religioso.

O rabino britânico Jonathan Sacks venceu a edição de 2016 do Prémio Templeton, que destaca contribuições excepcionais para a afirmação da dimensão espiritual da vida. A visão de Sacks para o diálogo inter-religioso, no sentido de promover o entendimento entre povos e culturas, foi a razão pela qual o júri o destacou, segundo uma declaração da organização.

“Depois do 11 de Setembro, o rabino Sacks identificou a necessidade de se responder ao desafio do radicalismo e do extremismo e fê-lo com dignidade e graça”, disse Jennifer Simpson, em nome da organização. 

Jonathan Sacks foi durante vários anos o rabino-mor do Reino Unido e é autor de vários livros, incluindo o recente: “Not in God’s Name, Confronting Religious Violence” [Não em nome de Deus, Confrontando a Violência Religiosa] em que faz uma reinterpretação de várias passagens do Antigo Testamento, nomeadamente histórias de conflito entre irmãos, que constam das tradições das três religiões abraâmicas e que podem, com uma leitura superficial, contribuir para o antagonismo entre muçulmanos, cristãos e judeus.

O Prémio Templeton foi instituído pelo já falecido John Templeton, através da Fundação Templeton, em 1972. O prémio tem o valor de 850 mil euros que o rabino diz que pode servir para intensificar os esforços de combate à violência e o extremismo religioso.

Vencendo o prémio, Sacks junta-se a outras figuras do mundo religioso como Jean Vanier, fundador das comunidades A Arca, a madre Teresa de Calcutá, o padre checo Tomas Halik, Desmond Tutu e o Dalai Lama.





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