Servidores de universidades federais confirmam greve
Servidores de universidades federais de todo o
Brasil entraram em greve na segunda-feira.
Segundo a Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores das Universidades Públicas
Brasileiras (Fasubra), ainda não há um balanço oficial com o número de
instituições paradas, mas todas as 37 entidades (que representam trabalhadores
das 59 universidades federais do País) decidiram iniciar greve.
"A gente tem 72 horas para
informar a reitoria, a superintendência do hospital (...) as autoridades (da
universidade) que a gente vai entrar em greve a partir do dia 14", diz
Cecília Fernandes, coordenadora-geral do Sindicato dos Trabalhadores da Unifesp
(Sintunifesp). Somente na Federal de São Paulo trabalham cerca de 7 mil
servidores, afirma Cecília.
Segundo a Fasubra, os servidores reivindicam
reajuste salarial (piso de três salários mínimos); reposicionamento de
aposentados; racionalização de cargos; mudança no incentivo à qualificação;
devolução do vencimento básico complementar absorvido (mudança na Lei de
Carreira 11.091/05); isonomia salarial e de benefícios entre os três poderes.
No
Paraná, hospital mantém 30% do efetivo
Servidores técnico-administrativos da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) e Instituto Federal do Paraná (IFPR) também entraram em greve nesta segunda-feira por tempo indeterminado. A paralisação vai afetar atividades nas instituições de ensino e no Hospital de Clínicas, vinculado à UFPR, em Curitiba.
No caso do hospital, 30% do efetivo será mantido
para o atendimento de urgência e emergência, além da Unidade de Terapia
Intensiva. Uma comissão formada por servidores vai dialogar com o HC para
determinar em quais setores os trabalhadores vão cumprir jornada de trabalho, mas
dentro da proporção de quase um terço do total do quadro de funcionários.
A Universidade Federal da Integração
Latino-Americana (Unila), sediada em Foz do Iguaçu, aprovou estado de greve.
Uma assembleia na próxima sexta-feira pode determinar a adesão dos servidores
da Unila ao movimento de paralisação.
Os servidores das universidades informam que o
último reajuste que receberam foi em 2007, que foi escalonado até 2010. No ano
passado, os técnico-administrativos da UFPR realizaram greve por quase três
meses. Um ato dos funcionários públicos federais está marcado para a próxima
quinta-feira pelas ruas do centro de Curitiba.
Professores
parados
Além dos servidores técnicos e administrativos, os professores também estão em greve. Das 59 federais existentes, os docentes de pelo menos 51 instituições de Ensino Superior estão parados - os primeiros sindicatos cruzaram os braços em 17 de maio.
Entre as reivindicações, estão a reestruturação da
carreira da categoria e as condições precárias de trabalho, atribuídas à falta
de estrutura nas universidades.
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