Angola: Igreja Católica vai ter observadores nas eleições gerais de sexta-feira


Comissão Nacional de Eleições confiou 18 lugares à Conferência Episcopal

A Igreja Católica vai ter 18 observadores nas eleições gerais de sexta-feira, em Angola, anunciou hoje o jornal ‘O Apostolado’, publicação da Conferência Episcopal de Angola e São Tomé (CEAST).

“É a primeira vez em três eleições que a Comissão Nacional Eleitoral solicita a observação do pleito por representantes da Igreja Católica, a religião professada pela maioria dos angolanos e elo importante da reconciliação e pacificação de Angola”, refere o diário.

A Comissão Justiça e Paz da CEAST vai coordenar esta missão, sob a direção do padre Belmiro Tchissengueti, secretário executivo daquele organismo católico.

Em março deste ano, a Conferência Episcopal publicou uma nota pastoral para as próximas eleições, pedindo que as mesmas sejam “livres e justas”.

“A verdade do voto exprime a vontade soberana do povo. Daí a exigência de um processo eleitoral transparente e de eleições verdadeiramente livres e justas”, assinalam os bispos.

O documento, publicado na página do organismo católico na internet, frisa que a eleição dos governantes, “feita livremente pelos cidadãos, constitui o verdadeiro pilar da democracia” e que este direito cívico é mesmo um “dever” para a população.

“A abstenção constitui uma verdadeira culpa, não somente anticívica mas também antipatriótica”, pode ler-se. Aos eleitores, acrescenta a nota da CEAST, compete conhecer “o programa político de cada partido” e a “competência dos executores deste programa”.

Os angolanos vão eleger os deputados para a Assembleia Nacional e o presidente da República. Neste contexto, os bispos desejam que os programas dos partidos deem resposta a “graves problemas da sociedade” como a pobreza ou o “aumento do fosso entre ricos e pobres”.

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