USP pesquisa relações entre a religiosidade e psicologia - Por Leiliane Roberta Lopes
Até o momento os pesquisadores
puderam entender que os religiosos possuem um maior bem estar se comparado aos
ateus
O Instituto de Psicologia da
Universidade de São Paulo (USP) realiza alguns estudos para tentar responder
questões relacionadas aos fenômenos religiosos mediante a abordagem
psicológica.
Uma equipe formada por doutores e
doutorandos não só da USP como de outras universidades como o Mackenzie e a PUC
tentam analisar o comportamento de religiosos e ateus e assim tentar responder
a questão de como a religião, ou a falta de, pode interferir na psique das pessoas.
Entre as pesquisas realizadas
pelo Laboratório de Psicologia Social da Religião estão alguns estudos que
tratam sobre os processos de enfretamento das dificuldades, o bem-estar
psicológico e os fatores de personalidade.
Sobre os enfrentamentos dos
problemas os estudiosos tentam entender como religiosos e ateus lidam com
dificuldades como, por exemplo, as doenças.
“Existem modos seculares e modos
religiosos de enfrentamento, mas eles não são incompatíveis. Se um religioso
está doente, ele pode ir ao médico e também ir rezar na igreja. Da mesma forma
que um ateu, além de procurar o médico, em um momento de desespero, pode
realizar uma oração”, explica o professor Geraldo José de Paiva.
Há muitos assuntos que os
pesquisadores desejam encontrar respostas, entre eles se a religiosidade afeta
a personalidade das pessoas e se as escolhas relacionadas à religião interferem
na qualidade de vida.
O professor afirma que uma
pesquisa chegou a apontar que religiosos possuem um maior bem estar em
contraponto com as pessoas ateias. “O grupo de executivos estudado na pesquisa
foi bem limitado, então nós buscamos repeti-la com um grupo mais
representativo”, adianta Paiva.
Para encontrar as respostas
desejadas o grupo tenta não só criar novas pesquisas e estudos como também
adaptar estudos realizados em outros países tentando trazer para a realidade
brasileira.
“Nós as utilizamos para verificar
se os resultados obtidos em outros locais seriam os mesmos aqui no Brasil”,
explica.
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