Vaticano condena violência e pede respeito a símbolos religiosos


O porta-voz do vaticano, Federico Lombardi, considerou nesta quarta-feira "inaceitável" a violência gerada em alguns países árabes, entre eles Líbia, por um vídeo feito nos Estados Unidos e que supostamente ofende o profeta Maomé, e assegurou que o respeito pelas religiões é essencial para a convivência pacífica.

"O respeito profundo pelas crenças, os textos, os grandes personagens e os símbolos das diferentes religiões é uma premissa essencial da convivência pacífica dos povos", disse Lombardi em uma nota divulgada pela Rádio Vaticano.

Lombardi não se referiu diretamente ao ataque contra o consulado dos EUA em Benghazi, no qual foi assassinado o embaixador americano na Líbia, John Christopher Stevens, e outros três cidadãos norte-americanos.

O porta-voz disse que as consequências "gravíssimas das injustificadas ofensas e provocações à sensibilidade dos muçulmanos são mais uma vez evidentes nestes dias, pelas reações que suscitam, com resultados trágicos, que por sua vez aprofundam tensões e ódios e geram uma violência inaceitável".

Lombardi acrescentou que a mensagem de diálogo e de respeito por todas as crenças que Bento XVI pretende levar para o Líbano durante sua viagem, que começará na sexta-feira, "indica o caminho que todos deveriam percorrer para construir juntos a convivência comum das religiões e dos povos em paz".

O consulado dos EUA em Benghazi, na Líbia, foi atacado na noite de ontem por um grupo de homens armados, que invadiu o local e ateou fogo no prédio em protesto pelo vídeo supostamente realizado nos Estados Unidos e considerado uma ofensa contra o Islã por suas críticas a Maomé.

Também na terça-feira, um grupo de manifestantes entrou no complexo da embaixada dos EUA no Cairo e arrancou a bandeira americana do local.

Fonte: http://noticias.terra.com.br

Comentários

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

"Negociar e acomodar identidade religiosa na esfera pública"

Imagem
Seminário internacional na Jamia Millia Islamia (A Universidade Central), Nova Deli, Índia. "Negociar e acomodar identidade religiosa na esfera pública: Comparando Experiências indianos e europeus, com especial referência aos muçulmanos Minorias". A conferência terá lugar 10-12 de fevereiro de 2010. O objetivo principal do seminário, que reunirá importantes estudiosos de diferentes partes do globo, é proceder a uma análise comparativa das perspectivas de indianos e europeus e as políticas de lidar com as questões relacionadas com as minorias religiosas, especialmente às suas populações muçulmanas. A Europa enfrenta os novos desafios da diversidade cultural e religiosa. Imigrantes muçulmanos constituem o aspecto mais importante desta diversidade. O Multiculturalismo emergiu como um discurso dominante para lidar com esse desafio. A Índia tem vivido historicamente com a diversidade cultural e religiosa, mas enfrenta novos desafios na gestão dessa diversidade de...
Leia mais

Pesquisa científica comprova os benefícios do Johrei

Um estudo desenvolvido recentemente pela USP (Universidade de São Paulo) , em conjunto com a Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) , comprova que a energia liberada pelas mãos tem o poder de curar qualquer tipo de mal estar.  O trabalho foi elaborado devido às técnicas manuais já conhecidas na sociedade, caso do Johrei, utilizada pela Igreja Messiânica Mundial do Brasil e ao mesmo tempo semelhante à de religiões como o espiritismo, que pratica o chamado “passe”. Todo o processo de desenvolvimento dessa pesquisa nasceu em 2000, como tema de mestrado do pesquisador Ricardo Monezi, na Faculdade de Medicina da USP . Ele teve a iniciativa de investigar quais seriam os possíveis efeitos da prática de imposição das mãos.  “Este interesse veio de uma vivência própria, onde o Reiki (técnica) já havia me ajudado, na adolescência, a sair de uma crise de depressão” , afirmou Monezi, que hoje é pesquisador da Unifesp. Segundo o cientista, durante seu mestrado foram...
Leia mais

Por que o Ocidente despreza o Islã

Imagem
Nas simplificações grosseiras sobre o mundo árabe, a vítima oculta somos nós mesmos. Ao projetarmos sobre o outro nossa visão de atraso, intolerância e fundamentalismo, não enxergamos como estão sob ameaça os melhores valores de nossa civilização Por Cláudio César Khaled Hosseini é um fenômeno editorial. Suas duas últimas publicações, O Caçador de Pipas e A Cidade do Sol, figuram nas listas dos mais vendidos nos Estados Unidos, na Europa e no Brasil. A obra de Hosseini é lida por um público ávido por entender como vivem “os muçulmanos”. E ele parece cumprir muito bem o seu papel de (des)informar leigos pelo mundo sobre o que vem a ser o modus vivendi islâmico. Talvez essa não tenha sido a intenção do autor. Em seus livros, ele parece ser muito claro em situar seus personagens no interior do Afeganistão, mas como o entendimento dos conceitos religiosos, étnicos e de identidade nacional que definem muçulmanos, árabes e afegãos não é o forte da maioria da população, acabam todos sendo id...
Leia mais