Igreja Universal em parceria com Sistema Carcerário de Alagoas


Detentos e familiares começam a receber apoio espiritual e assistência social, da Igreja Universal.


Nesse mês de novembro foi firmada parceria entre a Igreja Universal de Alagoas e o Sistema Prisional para levar aos prisioneiros e aos familiares apoio espiritual e assistência social.

Para o pastor responsável por esse projeto no estado, José Herlon Mendes, essa ação é de suma importância para os encarcerados. “Entraremos nos presídios e levaremos a Palavra de Deus, distribuiremos Bíblias e livros. Nosso objetivo é levarmos palavra de amor, de conforto, de fé, para que possam suportar o dia a dia e conseguir sair de lá capazes de retomar sua vida em sociedade, sem voltar".

Segundo o secretário da Defesa Social, Dário Cesar, essa também é uma das preocupações do Estado. “O Estado tem o maior interesse em contar com o apoio das igrejas no processo de ressocialização de presos, para que eles não voltem a reincidir na prática de crimes. O combate à violência e à criminalidade não será vencida apenas com a ação de polícia, mas também com políticas públicas, incluindo o trabalho de ressocialização de apenados”, ressaltou.

Uma das ações que já está em andamento é um programa de rádio chamado “Momento do Presidiário’, em 100,3 FM, que acontece todas as noites, das 20 às 21 horas, direto dos estúdios localizado no Cenáculo principal da Igreja Universal. 

“É um espaço para os encarcerados, mas também para os familiares. Lá lemos a Bíblia e as cartas dos familiares para os presos, e vive-versa. Já é um programa conhecido e esperado por todos.”

O início dos trabalhos em todos os presídios do estado alagoano está prestes a começar. “Ainda não temos uma data específica, mas estamos no aguardo somente de uma resposta para iniciar os trabalhos dentro dos presídios”, enfatiza o pastor José.

Ex-presidiário tem a vida transformada pela fé 

Desde criança, Generoso Morais Lisboa, de 34 anos, acompanhava a mãe nas reuniões da Igreja Universal. Mas apenas a acompanhava. Aos 17 anos, por curiosidade, provou a maconha. Logo depois, a cocaína e o crack. Por treze anos, foi escravizado pelo vício. “Não conseguia parar”, conta ele que, para alimentar o vício, vendia os pertences e ajudava os “amigos” em assaltos. Aos 19 anos, numa briga de rua, perdeu um pedaço da orelha direita e em um dos assaltos, aos 20 anos, foi preso.

“Passei três anos e três meses preso. Durante esse período, conheci o trabalho da Igreja Universal. Por meio dele, vi que havia uma saída. Mas não era o que eu queria naquele momento”, relata o ex-presidiário que, depois de cumprir a pena, voltou para o mundo do crime. 

Desta vez, o tráfico de drogas passou a ser a principal atividade. “Para a minha família, eu trabalhava e estudava. Uma farsa para que meus pais não sofressem mais”, relata ao lembrar que chegou a ganhar R$ 800 por dia com a venda de drogas.

Novamente preso, passou a refletir sobre a própria vida. Nove meses depois conseguiu a liberdade condicional. Até então não tinha conquistado nada, apenas sofrimento. Já não tinha roupas, casa, comida, amigos, família. Não tinha paz.  No fundo do poço, decidiu buscar ajuda. 

“Estava determinado. Fui recebido por um pastor que me orientou a entregar a minha vida a Jesus. Todos me receberam muito bem, sem se importar quem eu era ou o que eu tinha feito. Fui tentado a voltar para o mundo das drogas. Mas consegui ser mais forte”, orgulha-se ele que hoje está casado e, junto com a esposa, fazem a obra de Deus.

“Àqueles que estão vivendo o que eu vivi, saibam que existe uma saída. Tome uma decisão hoje mesmo e você não verá uma mudança, mas uma transformação total de vida”, destaca Generoso.




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