Irmandade Muçulmana se vinga dos cristãos egípcios
Cravada na beirada de um belo
vale em um canto remoto da província de Fayoum, ao sul de Cairo, a cidade de
Nazla é famosa por sua atividade industrial artesanal.
Pequenas unidades fabris
ilegais produzem bumbas, pacotinhos de pedrinhas e pólvora que são onipresentes
em comemorações no Egito. Em 14 de agosto, os nativos puseram as suas
habilidades à serviço de outra causa.
À medida que se espalharam as
notícias de que policiais de Cairo haviam removido uma ocupação de apoiadores
da Irmandade Muçulmana, autofalantes de mesquitas clamaram por uma vingança.
Uma multidão irada depredou a delegacia de polícia local e expulsou os seus
oficiais e depois direcionou a sua fúria contra os cristãos cópticos de Nazla,
cujos 270 clãs apoiam duas igrejas e um monastério. A destruição foi
sistemática e total.
Todo objeto de valor foi roubado,
inclusive um laboratório de computação e novos bancos de madeira da Igreja da
Virgem, uma construção majestosa, construída com afinco e inaugurada em abril,
que parece incongruente com o empoeirado centro da cidade.
Em seguida, sala a
sala, os invasores bombardearam o prédio com bombas potentes o bastante para
provocar rachaduras no chão, derrubar os telhados e estourar todas as vidraças.
Em outros lugares, por vários
dias, ataques semelhantes deixaram pelo menos 47 igrejas e monastérios
danificados ou destruídos, e pelo menos sete pessoas morreram.
Em nenhum lugar
havia policiais para reforçar a segurança, e em nenhum momento a polícia
interveio prontamente ou com força o bastante.
com informações de: The Economist-The butt of angry Islamists
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