Um país movido pela fé
Muçulmanos representam 99% da
população do Marrocos, onde a religião é um dos fundamentos do Estado. Já na
infância escolas guiam visitas a templos.
A manhã mal surgiu no Marrocos e
já era possível ver diversas pessoas se dirigindo a uma mesquita para orar. O
ritual é praticado mais quatro vezes ao longo do dia, uma tradição na
vida dos muçulmanos, que representam 99% da população do país árabe, cerca de
32 milhões. Para eles, a fé é o caminho que guia ao sucesso e ao êxito
profissional e afetivo. Uma característica primordial do islamita é a
fidelidade a esse princípio.
A educação nesse sentido começa
na infância. Baseado na vontade do país de fortalecer os laços da fé, as
escolas se encarregam de levar as crianças habitualmente a mesquitas para
difundir os ensinamentos de Maomé, considerado o pai do islamismo.
“É uma
visita guiada para que eles comecem a ter noção do que é a religião”, explica a professora Mouna
Petit, de 28 anos, uma das responsáveis por conduzir cerca de 40 alunos de uma
escola pública à Koutoubia, o maior dos templos em Marrakesh. A atividade é
curricular e doutrinária.
Com um minarete de 69 metros, a mesquita é o prédio mais alto da exótica cidade, mas somente muçulmanos podem visitá-la. Em seu interior, o chão é coberto com longos tapetes, e é preciso tirar os sapatos.
Com um minarete de 69 metros, a mesquita é o prédio mais alto da exótica cidade, mas somente muçulmanos podem visitá-la. Em seu interior, o chão é coberto com longos tapetes, e é preciso tirar os sapatos.
Há uma parte ao lado abandonada,
já que o projeto, do século 12, teve mudanças ao longo dos anos para a
construção de sua torre gigantesca. É praxe quem passa perto de Koutoubia fazer
um minuto de reflexão. Normalmente, um alto-falante que imprime um som grave e
chamativo invoca os religiosos.
Na Koutoubia estão enterrados
sete homens proclamados santos pelos islamitas. Cada dia da semana é dedicado a
um deles: Moul el Ksour (domingo), Sidi el Soheili (segunda-feira), Sidi
Youssef Bel Ali (terça), Qadi Ayat (quarta), Sidi Bel Abbes (quinta), Sidi Bem
Slimane (sexta) e Sidi Abd el Aziz (sábado). Eles são tidos como protetores dos
pecadores.
Os muçulmanos creem em um único
deus (Alá) e acreditam no julgamento final, tudo o que fizerem será avaliado
posteriormente. Por isso, muitos passam a vida voltados para a oração e fazem
até o improvável para peregrinar a Meca pelo menos uma vez, naquela que é uma
espécie de romaria à cidade da Arábia Saudita para purificação dos pecados.
“É
uma religião como qualquer outra. Queremos sempre ser cordiais com todos para
que possamos chegar à felicidade”, afirma um jovem comerciante local.
Judaísmo
A grande maioria da
população marroquina é seguidora da religião de Maomé, enquanto uma pequena
parcela é adepta do judaísmo. No meio de uma comunidade de Marrakesh há um
cemitério judeu e a sinagoga Lazama, muito visitada por turistas estrangeiros.
“Todos gostam de vir aqui para fazer fotos próximos ao túmulos. O lugar
realmente é muito bonito”, ressalta Kalid Ghannami, que ganha a vida
administrando o cemitério.
Cinco grandes famílias em
Marrakesh são judaicas. Há cerca de 300 seguidores. A maioria frequenta a sinagoga
Lazama, construída em 1942. Parte da comunidade é de gerações de grupos
expulsos da Espanha no fim do século 19 e começo do século 20.
Islamita, Kalid exalta o caráter
pacífico da convivência religiosa entre os marroquinos: “Não temos diferenças
entre muçulmanos, católicos e judeus. Todos nós queremos o bem da humanidade e
acreditamos em um só deus”.
Costumes Islâmicos
Chahada
Pronunciar a declaração de fé “Não há outra divindade além de deus e Mohammad é seu mensageiro”.
Salat
Orar cinco vezes a cada dia. Elas estabelecem ligação direta entre deus e o muçulmano. Normalmente as orações são feitas ao amanhecer, ao meio-dia, no meio da tarde, ao cair da noite e à noite. Não é obrigatório orar na mesquita, o ritual pode ser cumprido em qualquer lugar.
Orar cinco vezes a cada dia. Elas estabelecem ligação direta entre deus e o muçulmano. Normalmente as orações são feitas ao amanhecer, ao meio-dia, no meio da tarde, ao cair da noite e à noite. Não é obrigatório orar na mesquita, o ritual pode ser cumprido em qualquer lugar.
Zakat
Fazer caridades a quem precisa. Estas devem ser em segredo.
Fazer caridades a quem precisa. Estas devem ser em segredo.
Jejum
Os muçulmanos devem se abster de carne, bebida e sexo no mês sagrado do Ramadã (pelo calendário lunar). Há exceções: doentes, idosos, mulheres grávidas ou pessoas com algum tipo de incapacidade. No fim do Ramadã, o muçulmano celebra o Eid al Fith, uma das duas principais festas do calendário islâmico.
Haj
Realizar a peregrinação a Meca pelo menos uma vez na vida. No fim da peregrinação há o festival de Eid al Adha, com orações e troca de presentes, a segunda festa mais importante.
Os muçulmanos devem se abster de carne, bebida e sexo no mês sagrado do Ramadã (pelo calendário lunar). Há exceções: doentes, idosos, mulheres grávidas ou pessoas com algum tipo de incapacidade. No fim do Ramadã, o muçulmano celebra o Eid al Fith, uma das duas principais festas do calendário islâmico.
Haj
Realizar a peregrinação a Meca pelo menos uma vez na vida. No fim da peregrinação há o festival de Eid al Adha, com orações e troca de presentes, a segunda festa mais importante.
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