Ativistas atiram cuecas a chefe máximo da igreja espanhola

Membros do grupo Femen atingiram, este domingo, o presidente da Conferência Episcopal Espanhola, Antonio María Rouco Varela, com cuecas manchadas de tinta vermelha, em protesto com o apoio da igreja ao anteprojeto de lei anti-aborto do Governo.

Cinco ativistas do grupo feminista Femen, em tronco nu e gritando “o aborto é sagrado”, abordaram nesta noite de domingo o presidente da Conferência Episcopal Espanhola, Antonio María Rouco Varela, quando se dispunha a entrar na paróquia dos Santos Justos e Pastor, na rua da Palma na capital espanhola.

O incidente ocorreu por volta das 20 horas locais (19h de Lisboa) durante o breve percurso entre o automóvel, em que se deslocava o cardeal, e a entrada da igreja, momento em que as ativistas aproveitaram para mandar cuecas manchadas com tinta vermelha ao clérigo.

O cardeal, escoltado pelos párocos, conseguiu entrar na igreja onde ia rezar a missa, enquanto as manifestantes, com os seus corpos nus, com inscrições a dizer “Femen” e uma cruz pintada virada do avesso, gritavam da rua “o aborto é sagrado”.

Posteriormente, a porta da igreja foi fechada e as ativistas caminharam pelas ruas juntas ao templo, ainda a tempo de receberem alguns apoios vindos de transeuntes.

Manifestação contra a reforma da lei do aborto

O protesto ocorre um dia depois de mais de 30 000 pessoas se terem manifestado em Madrid contra o antreprojeto de lei anti-aborto do PP "proteção de vida do concebido e dos direitos da mulher grávida".

O ministro da Justiça, Alberto Ruiz-Gallardón, principal impulsionador da reforma, deu ontem a sua “palavra”, na Convenção Nacional do PP, de que nenhum insulto ou grito fá-lo-á abdicar do seu compromisso com o presidente do Governo em cumprir o programa eleitoral e regular e garantir os direitos das mulheres, mas também dos concebidos e não nascidos.




Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

"Negociar e acomodar identidade religiosa na esfera pública"

Pesquisa científica comprova os benefícios do Johrei

Por que o Ocidente despreza o Islã