Decapitações e perseguição religiosa como armas do Estado Islâmico
Até agosto, número de vítimas do
grupo extremista se aproximava de 4 mil. Organização conta ainda com um número
de escravos, que pode passar de 500.
As imagens de ocidentais sendo
decapitados, que chocaram o mundo nas últimas semanas, são o mais novo capítulo
da sangrenta expansão dos jihadistas do Estado Islâmico, no Iraque e na Síria.
Mas, além da disseminação dos atos terroristas, divulgados com frequência na
internet, massacres contra xiitas, yazidis e curdos no Iraque; violência contra
mulheres; perseguição a cristãos e destruição de monumentos religiosos
históricos; e a doutrinação de crianças para a jihad são algumas das ações
radicais do grupo que mostram o grau das atrocidades cometidas, qualificadas
por relatórios da ONU como crimes de guerra.
O uso da internet para divulgar
os crimes também é uma das ferramentas de expansão do grupo. Fotos como a de um
menino australiano, filho de um rebelde, segurando a cabeça de uma vítima, e as
imagens de cristãos crucificados na Síria, foram rapidamente disseminadas, e
além de chocar internautas, funcionaram como instrumento de recrutamento.
De acordo com números dos
governos da Síria e do Iraque, até agosto, as vítimas se aproximavam de 4 mil,
desde que o grupo iniciou as atividades. Militantes do Estado Islâmico também
entraram em confronto com soldados de cinco países: Iraque, Irã, Líbano, Síria
e Turquia.
O EI conta ainda com um número de escravos, que pode passar de 500. Contra os yazidis, o massacre é
ainda mais brutal. Mais de mil mulheres foram sequestradas pelos jihadistas e
forçadas a se casar com militantes do EI. O grupo também realizou estupros em
massa durante a tomada da cidade iraquiana de Mossul.
Minorias cristãs do Norte
do Iraque também foram particularmente atingidas pelos avanços dos rebeldes,
que destruíram igrejas, incendiaram manuscritos milenares e obrigaram muitos a
deixar a região.
Fonte: http://oglobo.globo.com
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