Federação das Associações Muçulmanas no Brasil condena atentados na França – Por Geórgia Cristhine
A Federação das Associações
Muçulmanas no Brasil não concorda com a onda de violência e terror praticada
por grupos radicais em nome do Islamismo.
O vice-presidente da FAMBRAS,
professor e jornalista, Ali Hussein El Zoghbi, em entrevista à rádio Sputink,
disse que lamenta as notícias de mortes de civis na França em atos terroristas
cometidos em nome da religião.
O vice-presidente da FAMBRAS,
professor e jornalista, Ali Hussein El Zoghbi, em entrevista ao jornalista
Arnaldo Risemberg, da rádio Sputink, disse que lamenta as notícias de mortes de
civis na França em atos terroristas cometidos em nome da religião.
“Recebemos
com pesar e indignação todos os atos de barbárie que têm acontecido e que têm
sido de uma maneira equivocada rotulados como islâmicos”, lamentou.
Ali Hussein fez questão de
explicar que não existe nenhuma passagem do Alcorão, que é o livro sagrado com
a palavra de Deus do Islã, que autorize ou permita a violência em prol de
qualquer finalidade.
“Nada no Alcorão sagrado ou na tradição do profeta ou de
outros mensageiros evoca violência, muito pelo contrário, é uma religião que
evoca a paz, a preservação da vida, e preza o direito à liberdade de
expressão”, afirmou o jornalista.
O professor ainda alerta para o
uso também indevido que está sendo dado para a expressão Jihad, Guerra
Santa.
“Jihad é uma expressão islâmica que significa um esforço de
transformação interna, para que a pessoa se harmonize com o que Deus preconiza
para a humanidade, porém, foi interpretada e utilizada de forma pejorativa em
interesses políticos”.
Para Ali Hussein é preciso buscar
a ideia de que os muçulmanos hoje no Brasil e no resto do mundo são cidadãos
comuns, profissionais em diversas áreas, e precisam ter a oportunidade de
participar de uma maneira mais efetiva da sociedade sem preconceito.
“O nosso
papel hoje é ressaltar para a opinião pública que as organizações extremistas
com conotação religiosa e que pregam a violência não representam os quase 2
bilhões de pessoas que seguem atualmente o Islamismo no mundo.”
Diante da situação marginalizada
da religião, a FAMBRAS recebe com muita preocupação o crescimento da chamada
onda de islamofobia pelo mundo.
Segundo o vice-presidente da
Federação, o movimento não chegou ainda a afetar o Brasil, onde existe um
convívio pacífico, mas em países da Europa, principalmente Inglaterra, Alemanha
e França, onde residem muitos muçulmanos, a islamofobia se faz presente.
“Na
Europa a visão bélica e de rivalidade preocupa e não corresponde aos interesses
de nenhuma religião”.
De acordo com a FAMBRAS, a saída
para o problema é pedir cada vez mais às autoridades religiosas que preguem
sempre o bom convívio entre as diferenças, além de se investir em mais ações e
encontros entre os fiéis e as comunidades, a fim de conseguir transmitir uma
percepção cada vez melhor sobre a real proposta do Islamismo, que não se baseia
em atos de terrorismo como os ocorridos na semana passada na França.
Fonte: http://portuguese.ruvr.ru
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