Bob Marley e a Religião Rastafári - Por Carol Botelho


Se vivo estivesse, Bob Marley faria 70 anos hoje, 06/02. Mas o ícone do reggae e grande propagador da religião Rastafári pelo mundo morreu de câncer, em 1981, aos 36 anos.

Autor de sucessos como “No woman, no cry”, “Stir It Up”, “Kaya” e “One Love” (eleita a canção do milênio pela rede BBC), Bob lutava pela supremacia negra, contra o racismo e defesa da universalização dos direitos civis e por outros princípios condizentes com a religião que adotou ainda adolescente, apesar de ter sido filho de pais cristãos.

Nessa religião que reconhece Jah como Deus, mudanças estéticas radicais não são nada bem-vindas. Por isso que os adeptos deixam os cabelos longos e não fazem tatuagem. 

Vale lembrar que os dreadlocks, tão associados aos rastas, vieram na verdade dos indianos santos, praticantes de ioga e usuários de maconha. Por falar na erva, conta-se que limpa e eleva o espírito para perto de Deus.

O cardápio Rasta é vegetariano, e recomenda que se coma o que a terra oferece. Enlatados e conservantes estão terminantemente proibidos, assim como carne suína. Para beber, um chazinho pode. Mas leite, café e licor não são considerados lá muito saudáveis. 

A ligação com o reggae não é à toa. As letras de paz e amor em ritmo compassado representam o som que Deus faz ao criar as coisas. No ano 2000, existiam um milhão de seguidores da religião espalhados pelo mundo, dos quais 10% são da Jamaica.

No Brasil, Bob Marley nunca fez um show. Mas esteve no país em 1980, visitou Copacabana e jogou uma partida histórica de futebol com Chico Buarque, Junior Marvin (guitarrista da banda de Marley, The Wailers), Jacob Miller (vocalista do Inner Circle), Toquinho e Alceu Valença.

Para comemorar o aniversário do ídolo, será lançado um álbum inédito pela Universal Music, com gravações realizadas por um fã, durante a turnê do disco Kaya, de 1978.  Por aqui, o disco chega em abril.






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