Obama chama EI de "culto à morte brutal em nome da religião"
O presidente dos Estados Unidos,
Barack Obama, voltou a condenar na quinta-feira (05/02) a brutalidade do Estado
Islâmico e disse que nenhum Deus aprova o terrorismo, em discurso em um café da
manhã ecumênico em Washington.
No evento, ele disse que os atentados em Paris e
no Paquistão e a guerra civil na Síria mostra que a fé e a religião podem ser
revertidas para serem usadas como armas. Para ele, os autores desses crimes
traem a sua fé, em vez de defendê-la.
Ele disse que militantes do
Estado Islâmico estavam "aterrorizando minorias religiosas, como os
yazidis, forçando mulheres ao estupro como arma de guerra e clamando o manto da
autoridade religiosa."
"O Estado Islâmico é um culto à morte brutal e
perversa que, em nome da religião, comete atos impronunciáveis de barbárie.
Como pessoas de fé, estamos chamados a pressionar contra aqueles que tentam
distorcer nossa religião, qualquer religião, para seus próprios fins
niilistas", disse.
Na última terça (03/02), o
presidente americano estava reunido com o rei da Jordânia, Abdullah 2º, em
Washington quando o vídeo da última morte brutal feita pelo Estado Islâmico foi
divulgado. Nele, o piloto jordaniano Muath al-Kaseasbeh é queimado vivo em uma
jaula por integrantes da milícia. Em outras ocasiões, os reféns da facção foram
decapitados, sendo o último deles o jornalista japonês Kenji Goto.
Jordânia
Na quinta (05/02), a Jordânia
anunciou que bombardeou posições do Estado Islâmico, na primeira operação após
a divulgação da morte do piloto. A ação foi acompanhada pelo rei Abdullah 2º e
a família de Kaseasbeh em Karak, cidade natal da vítima.
O governo jordaniano
disse que pretende dar uma resposta severa à milícia radical. Como primeira
medida, executou Sajida al-Rishawi, condenada à morte por envolvimento no
atentado a um hotel da capital Amã, em 2005.
As autoridades não deram detalhes
de como será a resposta, mas que estão trabalhando com todos os parceiros da
coalizão contra a facção, liderada pelos Estados Unidos. Analistas afirmam que
a morte do piloto pode levar a uma invasão terrestre do território sírio
dominado pela milícia, que teria apoio da maioria da população jordaniana.
O
presidente da Câmara de Representantes americana, John Boehner, disse que
espera também um novo pedido do governo para autorizar uma intervenção militar
contra o Estado Islâmico, que pode ser para ajudar as forças jordanianas.
Fonte: https://www.bemparana.com.br
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