Partido Comunista da China recusa filiação de ‘viciados em religião’ - Por Paulo Lopes



O Partido Comunista da China comunicou que vai intensificar a aplicação de um antigo procedimento de recusar a filiação de pessoas “viciadas em religião”. Ele tem 84 milhões de associados.

O partido tomou essa decisão para reforçar seus valores ideológicos e combater a contaminação do pensamento religioso. Nesse sentido, o Ministério da Educação anunciou recentemente a proibição de livros didáticos que contenham ideias ocidentais. 

Apenas cinco religiões têm autorização governamental para fazer pregações e abrir templos: catolicismo, taoismo, budismo, islamismo e protestantismo. A Igreja Católica é que mais tem crescido nos últimos anos. 

Em 2012, o governo proibiu que as religiões tivessem lucro em suas atividades. Vetou, inclusive, a construção de templos com o objetivo de obter doações de visitantes. Ultimamente, com o apoio de autoridades, estudantes da Província de Zhejiang têm feito protesto contra a realização de festividades natalinas nos campi.

Os líderes do Partido Comunista em Zhejiang foram os primeiros a colocar em prática a determinação de barrar a filiação de “viciados em religião”. Um deles afirmou que se trata de uma proteção contra o avanço de “forças ocidentais hostis”.


Defensores de liberdade de crença e de expressão têm criticado as restrições que o governo chinês está impondo aos religiosos. Argumentam que a China tem progredido economicamente com a adoção do modo capitalista de produção e comercialização, mas continua resistente aos valores democráticos do mundo ocidental.




Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Faleceu patriarca da Igreja Sagrada Espiritual em Angola

Líder da Igreja Sagrada Esperança Universal reitera apelo à paz

"Negociar e acomodar identidade religiosa na esfera pública"