Ex-capelão da PM é preso em São Paulo sob suspeita de desviar dinheiro
Ex-capelão da Polícia Militar de
São Paulo, padre da Igreja Católica e tenente-coronel, Osvaldo Palópito foi
preso na segunda-feira (25/05) sob suspeita de improbidade administrativa e
prática de crimes militares.
Palópito foi capelão da PM até o
início deste ano, quando solicitou sua passagem para a reserva. Ele
foi responsável pela paróquia Santo Expedito, na Luz (centro), onde funcionava
a capelania. A prisão preventiva, determinada
pela Justiça Militar, foi pedida pelo coronel Levi Anastácio Félix, corregedor
da PM e responsável pelo inquérito policial militar que investigava o oficial.
A informação de que o ex-capelão
era alvo de investigações na Corregedoria da PM foi revelada em fevereiro pelo
jornal “O Estado de S. Paulo”. Segundo a reportagem, Palópito era então
suspeito de enriquecimento ilícito e de ter desviado até R$ 2 milhões da
Capelania Militar.
As suspeitas teriam surgido em
2009, mas apenas em 2014 a polícia entendeu haver indícios suficientes para a
abertura de inquérito. Durante a investigação, foram
quebrados os sigilos bancário e telefônico do padre. Também foi
cumprido um mandado de busca e apreensão em um imóvel no litoral norte de São
Paulo.
O Último Capelão
Após a passagem de Palópito para
a reserva, em janeiro, e com a crise instaurada na capelania, o
comandante-geral da corporação, coronel Ricardo Gambaroni, determinou a
extinção do cargo de capelão militar.
O padre, que gravou discos de
canções religiosas, fazia shows para centenas de pessoas e tem
diversos vídeos publicados na internet. Em nota, a assessoria de
imprensa da Polícia Militar afirmou que não pode dar detalhes das investigações
e das acusações porque “o processo corre em segredo”.
Ainda segundo a nota, Palópito é
acusado de ter cometido “crimes militares e improbidade administrativa”. A
corporação não informou se, além das investigações na Corregedoria da PM, o
padre e oficial também é investigado por outros órgãos, como o Ministério
Público. Ele foi levado para o presídio militar Romão Gomes, na zona norte de
São Paulo.
Outro Lado
A Folha não conseguiu
localizar a defesa do padre e oficial da Polícia Militar. A
corporação não informou se ele tem advogado constituído.
Fonte: http://boainformacao.com.br
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