Religião é um vírus que se replica a cada geração, afirma Dawkins
O biólogo evolucionista Richard
Dawkins afirmou que a religião é como se fosse um vírus de computador porque
ela se instala na mente das pessoas com a programação de se replicar a cada
geração.
A afirmação foi feita na noite de
quarta-feira (27/05) em São Paulo, no Teatro Ciec, em Pinheiros, quando participou
do ciclo de palestras Fronteiras do Pensamento. Ele falou 45 minutos para um
auditório lotado e atento. Desde que se encontra no Brasil
para o evento e lançar o seu livro: “Fome de Saber”, é a primeira vez que
Dawkins, o mais influente militante ateu do momento, fala com sua
característica contundência sobre religião.
No dia 25, quando abriu o evento
em Porto Alegre, o britânico se ateve mais à ciência. Entre outros livros, ele
é o autor do livro: “O Gene Egoísta”. Em São Paulo, ele disse que a religião
pode ser entendida como um “efeito colateral” do desenvolvimento da cultura.
Da mesma forma que aprenderam com
seus ancestrais sobre como obter água e alimentos, os homens foram levados a
fazer coisa sem sentido, como “sacrificar uma cabra na lua cheia”. De acordo
com relato de Gabriel Alves, da Folha de S.Paulo, Dawkins demonstrou estar
preocupado com os criacionistas, principalmente nos Estados Unidos.
“O Terra tem 4,5 bilhões de anos,
mas essas pessoas [os criacionistas] dizem que o planeta existe a menos de 10
mil anos”. Para ele, esse tipo de pregação prejudica o entendimento das
ciências pelos jovens. Recentemente, antes de vir ao
Brasil, Dawkins afirmou ser uma pessoa paciente com quem diverge dele, mas
acrescentou que os criacionistas são exceções.
Ele disse que só não é 100% ateu por causa do rigor científico, como, aliás, já deixado claro em seu livro mais famoso, “Deus, um Delírio”. Numa escala de 1 a 7, ele é 6,9 ateu, porque, explicou, como cientista sério não tem como provar a inexistência de Deus, assim como a de fadas e globlins.
Com informação da Folha de
S.Paulo e de outras fontes e ilustração do livro: “A Magia da Realidade”, de
Dawkins.
Fonte: http://www.paulopes.com.br
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