Papa Francisco promove audiência «inter-religiosa»
A próxima audiência geral de
quarta-feira vai contar com a presença de representantes de várias religiões,
no cinquentenário do decreto 'Nostra aetate', saído do Concílio Vaticano II.
“A audiência vai ser uma ocasião
para agradecer a Deus pelos frutos já colhidos no caminho do diálogo percorrido
nestes 50 anos e para invocar a bênção do Senhor sobre o caminho que ainda se
deve fazer”, revela o diretor do jornal ‘L’Osservatore Romano’.
Giovanni Maria Vian assinala que
“embora breve”, o decreto ‘Nostra aetate’ refletiu e reflete “o desejo da
Igreja encontrar todos” e exortar os seus filhos a “entrar com amor num diálogo
ativo com membros de outras religiões”. O jornal da Santa Sé explica que
o Papa vai encontrar-se com “irmãos e irmãs de várias religiões” e com os
participantes do congresso internacional realizado pelos 50 anos da declaração
«Nostra Aetate» com o tema: ‘Educar para a paz’.
Este evento que se realiza, entre
26 e 28 de Outubro, em Roma, é organizado pelo Conselho Pontifício para o
Diálogo Inter-religioso, em parceria com a Comissão para as Relações Religiosas
com os Judeus e a Universidade Pontifícia Gregoriana. Um dos destaques do congresso
internacional vai ser uma conferência do secretário de Estado do Vaticano, D.
Pietro Parolin, subordinada ao tema: “Educar para a paz”.
O programa inclui
também uma mesa redonda com o secretário-geral do Centro de Cultura Islâmica de
Itália, Abdellah Redouane, e o diretor internacional para os assuntos
inter-religiosos do Comité Judaico Americano, o rabi David Rosen, Dos oradores assinala-se também a
participação do presidente do Conselho Pontifício para a Promoção da Unidade
entre os Cristãos, o cardeal Kurt Koch; e do presidente do Conselho Pontifício
para o Diálogo Inter-religioso, o cardeal Jean-Louis Tauran.
Saída do Concilio Vaticano II e
publicada a 28 de Outubro de 1965, a declaração “Nostra Aetate” mostrou o
empenho da Igreja Católica em reconhecer e valorizar tudo aquilo que é positivo
nas várias religiões. No documento pode ler-se que em
todas essas religiões há “uma centelha daquela verdade que ilumina todos os
homens” (Nostra aetate 2).
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