Feliz sexta-feira treze: evangélicos também têm superstições, aponta estudioso – Por Andrea Madambashi
Nesta sexta-feira treze (13)
muitos evitam passar debaixo da escada, quebrar espelhos e que um gato preto
cruze na sua frente. E quanto aos evangélicos? Acreditam eles nessas
superstições? No que acreditam?
Sexta-feira treze (13), muitos
acreditam em superstições como não passar debaixo da escada, não quebrar
espelhos e não deixar que um gato preto cruze na sua frente pois dá azar.
Apesar de qualquer crendice e
superstição serem abominadas pelos protestantes, hoje há muitos casos de
supersticiosidade entre evangélicos como, por exemplo, deixar a Bíblia aberta
no Salmo 91 para afastar desgraças, ou utilizar a expressão “tá amarrado”.
Segundo o apologista Jonnhy
Bernardo, do Instituto de Pesquisas Religiosas (INPR), o povo brasileiro é
“extremamente” supersticioso e é influenciado pela mídia secular, revistas de
horóscopos, indústria de apetrechos, etc.
No caso dos evangélicos, ele cita
algumas igrejas neopentecostais que utilizam de superstições como o uso de sal
grosso (para afastar maus espíritos), a rosa ungida (usada nos despachos e nas
oferendas a Iemanjá), entre outros, que apresentariam supostos valores
espirituais a serem passados por seus usuários, segundo foi apontado em um
relatório da Comissão Permanente de Doutrina da Igreja Presbiteriana do Brasil.
Neste relatório também foram
citados o uso em tais igrejas de objetos como a água fluidificada (usada por
credos espiritualistas a fim de trazer a influência espiritual para o corpo
humano), fitas e pulseiras (semelhantes na sua designação às fitas do chamado
Senhor do Bonfim) e o ramo de arruda (usado para afastar coisas más). Tais
objetos apresentariam supostos valores espirituais que podem ser passados por
seus usuários, afirma o estudioso.
Bernardo explica também que tais
objetos são empregados por essas igrejas em sua "batalha espiritual"
contra os demônios, dentro da sua convicção de que todos os males existentes no
mundo são por eles produzidos.
Apesar de que, aparentemente, a igreja não creia
que exista qualquer poder intrínseco nos mesmos sendo vistos apenas como
"pontos de contato" para "despertar a fé" das pessoas, na
prática a idéia é passada de outra maneira, apontou o líder.
“Muitas pessoas dizem que a angústia e brigas
em casa são coisas da época que vivemos. Isso é falso. São coisas resultantes
da presença dos demônios. As vezes querem ir à Igreja. Mas na hora de ir perdem
a coragem ou acontece alguma coisa. Tudo o que impede as pessoas de ir à igreja
é demônio. Venha, vamos ungir o seu pé direito e desamarrar a sua vida”, citou
Bernardo um exemplo típico da prática dessas igrejas.
Outros líderes explicam que a
existência de superstição entre evangélicos resulta da falta de orientação
bíblica, onde em tais igrejas não há o ensino sistemático da Palavra.
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