Líderes de religiões afro cobram medidas contra a intolerância religiosa
Encontro realizado na sede do
Ministério Público contou com a participação de praticantes das religões e da
SDSDH
Praticantes de religiões de
matrizes africanas e afro-brasileiras e representantes da Secretaria de
Desenvolviento Social e Direitos Humanos (SDSDH) participaram na manhã desta
quarta-feira (18), na sede do Ministério Público, na Rua do Imperador, Centro do
recife, de um encontro para discutir estratégias para coibir e por fim às
práticas de intolerância religiosa no Estado depois dos registros, nos últimos
dias, de tentativas de invasão e depedração de terreiros na capital e no
interior.
Durante a reunião foram anunciados os lançamentos de duas cartilhas,
que serão distribuídas à população, para tentar acabar com o preconceito
existente contra essas religiões.
Representantes dos terreiros
tentam desvincular das religiões rituais macabros como o ocorrido no Brejo da
Madre de Deus, onde uma criança foi morta supostamente a mando de um pai de
santo. Os religiosos explicam que nos rituais da umbanda, do candomblé e da
jurema, dentre outras religiões, não há práticas que envolvam o
sacrifício humano.
O Comitê Estadual de Promoção da
Igualdade Étnica-Racial (CEPIR), vinculado à SDSDH, irá distribuir em escolas e
em grandes eventos, a começar no Festival de Inverno de Garanhuns, a cartilha Diversidade
Religiosa e Direitos Humanos. A Ordem dos Advogados do Brasil, seccional
Pernambuco, também anunciou a produção e distribuição de uma cartilha nos
mesmos moldes.
No encontro também foi assinada, por todos os participantes, uma carta de repúdio aos ataques contra os terreiros ocorridos em Brejo da Madre de Deus e em Olinda. "Mais do que uma cartilha, é preciso interromper o que vem ocorrendo com os terreiros de matrizes africanas. O direito à cidadania pertence à todos", afirmou Edson Axé, um dos babalorixás presentes na reunião.
No encontro também foi assinada, por todos os participantes, uma carta de repúdio aos ataques contra os terreiros ocorridos em Brejo da Madre de Deus e em Olinda. "Mais do que uma cartilha, é preciso interromper o que vem ocorrendo com os terreiros de matrizes africanas. O direito à cidadania pertence à todos", afirmou Edson Axé, um dos babalorixás presentes na reunião.
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