Religião e rock concorrem com carnaval fora de época em Fortaleza – Por Daniel Aderaldo
Halleluya aguarda um milhão de
pessoas e faz frente ao Fortal, uma das maiores micaretas do País. Modesto,
Forcaos reúne 20 bandas e é alternativa para roqueiros
Rock pesado, trios elétricos e um
evento musical católico devem reunir, em Fortaleza, até o final de semana,
aproximadamente 1,5 milhão de pessoas, em diferentes pontos da
cidade. Considerado um dos maiores carnavais fora de época do País, o
Fortal estreia nesta quinta-feira (19) sua 21º edição.
Mais de 500 mil pessoas
devem ir à micareta durante os quatro dias de festa no complexo montado próximo
à Praia do Futuro. Serão 30 bandas e cantores se apresentando em trios
elétricos.
Antes do surgimento do Fortal, em
1991, Fortaleza não contava com um festival de música fixo em seu calendário de
eventos. A micareta reinou soberana até 1997, quando uma comunidade católica
preocupada com o destino dos fieis durante as férias do meio de ano decidiu
criar sua própria folia.
Fortal deve reunir 500 mil
pessoas em Fortaleza
Atualmente, pelo menos no quesito
público, o tradicional Halleluya faz frente ao Fortal. Nesta edição, a
organização do evento católico espera receber, até domingo (22), um milhão de
fiéis no Condomínio Espiritual Uirapuru (CEU) – espaço com 60 mil metros quadrados.
São mais de 20 atrações nacionais. Entre elas, está o padre Fábio de Melo.
O produtor musical Amaudson
Ximenes relembra que, nos primeiros anos de Fortal, a cidade parava. Até porque
os trios elétricos percorriam a avenida Beira Mar, um dos principais cartões
postais da capital, e todo o entorno do circuito era interditado - hoje há um
espaço particular dedicado ao evento. Quem não gostava do estilo, fica sem
opção.
Halleluya deve reunir um milhão
de fiéis
O Forcaos surgiu, então, há 14
anos, como alternativa para os roqueiros de Fortaleza, e acabou se tornando um
dos maiores festivais de rock do Nordeste.
Este ano, 20 bandas de Fortaleza e
de várias partes do Brasil se apresentam durante dois dias no Centro Dragão do
Mar de Arte e Cultura para um público estimado de dez mil pessoas.
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