Os Analectos, de Confúcio, é lançado pela Editora Unesp
A Editora Unesp lançou no dia 17,
na Bienal Internacional do Livro, em São Paulo, o livro Os Analectos, que
procura resgatar o pensamento original de Confúcio, pensador chinês que viveu
entre 551 e 479 a.C.
A obra foi traduzida, de forma
pioneira, diretamente do chinês arcaico para o português e inclui os
comentários clássicos acerca dos aforismos. A coordenação da edição é de
Giorgio Sinedino, adido cultural da Embaixada Brasileira em Pequim, que
concluiu Os Analectos após quase sete anos de estudos diários e
vivência da cultura chinesa.
De acordo com a Unesp, os
comentários não constam das outras edições em português, embora sejam
fundamentais para a compreensão dos aforismos. Complexos até mesmo para
leitores já versados em Confúcio, esses pequenos textos, sobre os quais cabem
olhares múltiplos, contemplam diversas possibilidades semânticas, como
demonstram as diferentes interpretações dos próprios comentadores tradicionais.
Os comentários que integram a
obra foram cuidadosamente compilados de fontes variadas por Sinedino e
adaptados, de modo a facilitar a compreensão pelo leitor contemporâneo. Também
para tornar a leitura mais fluente foram editados na sequência dos aforismos, e
não em notas de rodapé.
Os Analectos representam uma
visão de mundo e uma espécie de código ético e de conduta que foi fundamental
para a vida familiar e pública na China antiga e continua presente em vários
aspectos da sociedade chinesa de nossos dias.
Segundo Sinedino, a atualidade da
obra é atestada inclusive pela pujança contemporânea da China. O tradutor
identifica no pensamento de Confúcio a defesa da livre competição, visível na
economia chinesa. Para ele, inclusive, “a liderança da economia pelo estado na
China não se deve ao comunismo, mas ao confucionismo”.
Mais informações: www.editoraunesp.com.br.
Fonte: http://agencia.fapesp.br
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