Desmond Tutu ganha o prêmio Templeton 2013 por ajudar a inspirar pessoas no mundo promovendo o perdão e a justiça - Por Sarah Curty
Vencedor do Prêmio Nobel da Paz
em 1984 por sua luta contra o apartheid, regime de segregação racial adotado na
África do Sul por quase 50 anos, o ex-arcebispo anglicano da Cidade do Cabo, na
África do Sul, Desmond Tutu ganhou o Prêmio Templeton “por seu trabalho de uma
vida divulgando princípios espirituais, como o amor e o perdão entre os
homens”, diz o site da premiação. Ele foi o primeiro negro a liderar a igreja
Anglicana na África.
Em sua luta contra o apartheid,
Tutu, de 81 anos, organizou e liderou centenas de movimentos e manifestações
contra o governo sul-africano. O site da premiação ainda afirma que o
ex-arcebispo anglicano combinou o conceito teológico de que todos os seres
humanos foram feitos à imagem e semelhança de Deus e a crença Ubuntu,
tradicional do povo africano, que acredita que somente através dos outros que
as pessoas podem atingir a humanidade.
Tutu irá receber o prêmio em maio
numa cerimônia que acontecerá em Londres. “Quando você está em uma multidão e
você se destaca da multidão normalmente é porque você está sendo carregado nos
ombros de outras pessoas”, disse ele em vídeo de agradecimento.
“Eu quero agradecer a todas as
pessoas maravilhosas que me aceitaram como líder em suas casas”, continuou
Tutu.
“Ele nos deu, na África do Sul,
esperança de uma nova vida para todos, transformando, através das palavras de
Deus, uma visão com a qual ele continua desafiando todo o mundo. Estou muito
satisfeito por esse prêmio e tenho certeza que todos os anglicanos irão se
juntar a mim para parabenizá-lo”, disse o atual arcebispo da Cidade do Cabo,
Thabo Makgoba.
O prêmio foi criado em 1972 pelo
investidor e filantropo americano John Templeton. A premiação é anual da
Fundação John Templeton e honra uma pessoa viva que teve uma contribuição
excepcional na afirmação da vida espiritual.
O prêmio “não celebra nenhuma
religião específica, mas sim a busca e o incentivo de progresso da humanidade
para compreender as diversas manifestações do Divino”, diz o site.
Entre os ganhadores do prêmio
estão Dalai Lama (2012), Charles Taylor (2007) Madre Teresa de Calcutá (1973).
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