Romaria dos Deficientes abre espaço para outras religiões no ES


Centenas de deficientes físicos fizeram questão de participar da oitava romaria, que acontece há oito anos, na Festa da Penha, em Vila Velha, Espírito Santo. 

Reunidos no sábado (6), eles foram prova de que a fé torna possível qualquer coisa. Os romeiros saíram da Praça Duque de Caxias e foram até o bairro Prainha, próximo ao Convento da Penha.

A dona de casa Tânia Mara Rodrigues levou a filha Danielle, de 13 anos, que usa cadeira de rodas, para a Romaria dos Deficientes. As duas saíram de casa às 6h. “É difícil para a gente percorrer as ruas. As calçadas nem sempre são adaptadas é aquela dificuldade”, disse.

A romaria vai além da fé, é um espaço de reivindicações, momento de lembrar das dificuldades que estas pessoas enfrentam. Esse lado de mobilização social abre as portas da romaria católica para as pessoas de todas as religiões. 

O funcionário público Nilton Saraiva, de 63 anos, é evangélico, tem deficiência visual e sempre participa da romaria. Para ele, independente de credo, a dureza da vida de quem tem algum tipo de deficiência é a mesma. “A gente mata um leão por dia".




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