"Nenhuma religião pode justificar" ação dos jihadistas – Por Marina Almeida
O Vaticano denunciou hoje a ação
dos 'jihadistas' do Estado Islâmico (EI), que "nenhuma causa e,
seguramente, nenhuma religião poderá justificar", pedindo aos responsáveis
muçulmanos que condenem o EI "sem qualquer ambiguidade".
Numa longa declaração, o Conselho
Pontifício para o Diálogo Inter-religioso enumera as "ações criminosas
indizíveis" dos "'jihadistas' do Estado Islâmico", entre as
quais "a prática execrável da decapitação, da crucificação e de pendurar
cadáveres em locais públicos", "o rapto de mulheres e
raparigas", "a imposição da prática barbárica da mutilação
genital", "o pagamento de um tributo ('jizya')", "a
violência abjeta do terrorismo".
Todos estes crimes são
"ofensas de extrema gravidade à humanidade e a Deus, que é o seu criador,
como o lembrou frequentemente, o papa Francisco", afirma o Ministério do
Vaticano para o diálogo com o Islão e as outras religiões.
"A situação dramática dos
cristãos, dos yazidis e de outras comunidades religiosas e étnicas,
numericamente minoritárias no Iraque, exige uma posição clara e corajosa dos
responsáveis religiosos, sobretudo muçulmanos, de pessoas empenhadas no diálogo
inter-religioso", declara.
"Todos devem ser unânimes na
condenação sem qualquer ambiguidade destes crimes, e denunciar a invocação da
religião para os justificar", pede na mesma declaração.
A ausência de condenação levará a
uma perda de credibilidade do "diálogo inter-religioso pacientemente
mantido nestes últimos anos", indica.
Fonte: http://www.dn.pt
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