"Ecologia e refugiados são causas comuns" às religiões monoteístas


Papel da religião na construção da paz esteve esta sexta-feira em destaque nas Conferências do Estoril/Portugal.

As três maiores religiões monoteístas estiveram no palco das Conferências do Estoril para debater o diálogo inter-religioso. O Cardeal Patriarca de Lisboa, o rabino Abraham Skorka e o Sheik David Munir falaram dos desafios da paz e do papel das religiões na construção da mútua compreensão.

D. Manuel Clemente aposta nos pontos de proximidade e há pelo menos duas causas comuns na actualidade: “A da ecologia e a causa dos refugiados são causas comuns que devem concitar da parte dos líderes religiosos e de pessoas que se afirmam religiosamente um interesse muito particular. Creio que, com estes pares de motivações, podemos efectivamente criar futuro”.

Pontes de aproximação que, para o Sheik David Munir, têm de ser trabalhados através da educação para além das barreiras dos preconceitos. “Temos de combater, educando as pessoas, explicando às pessoas o que elas estão a fazer, não é o que deveriam estar a fazer, como também a crença que eles têm, a crença não permite fazer aquilo. É um caminho que temos que caminhar, como disse o Papa: o diálogo pela paz é difícil, mas viver sem a paz é tormento”.


E porque a religião justifica em muitos casos actos terroristas, o rabino Abraham Skorka lembra a importância do diálogo político, agora sequestrado pela religião. “As ideias e os ideais são hoje em dia religiosos. A religião tomou o lugar que a política ocupava no século XX”, afirma o amigo do Papa Francisco.




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