Evangélicos e católicos contra Identidade de Gênero nas escolas do Estado - Por Lorena Meireles
Na tarde da segunda-feira (22/06),
na Câmara de Vereadores de Vila Velha, o vereador Belo, promoveu uma tribuna
livre com a presença de convidados especialista para discutirem o tema.
Evangélicos e católicos estão do
mesmo lado contra a Ideologia de Gênero, tema polêmico entre religiosos e item
incluso dentro do recente Plano Estadual de Educação (PEE) aprovado pela
Assembleia Legislativa do Estado no último dia (17/06). O termo segundo os
religiosos não é adequado, já que alunos serão chamados de crianças, sem
designação para meninas e meninos.
Na tarde da segunda-feira (22/06),
na Câmara de Vereadores de Vila Velha, o vereador Belo promoveu uma tribuna
livre com a presença de todos os vereadores da Casa e convidados para
discutirem o tema.
Entre os presentes, a pastora da
Igreja Quadrangular e advogada Damares Alves e o padre Pedro Stepien, que é
diretor do movimento religioso católico Pró Vida e Pró Família e coordenador da
Pastoral da Criança em Luziânia, Goiás.
Para a pastora o que está
acontecendo elimina a identidade biológica e sexual e não favorece nem a
homossexuais e nem a heterossexuais. “Estão incluindo em todos os programas
municipais a terminologia gênero. Gênero não é sexo, é o estado que a pessoa se
sente. Identidade humana tem que ser ligada a identidade biológica”, defendeu.
Na concepção de Damares a
inclusão vai impedir que crianças se manifestem como são: meninas ou meninos.
Dessa forma as crianças não vão ter liberdade para brincar com objetos que
caracterizam brincadeiras de sexo oposto. Isso impediria inclusive crianças
homossexuais de se manifestar como quiserem.
Do outro lado se posiciona
contrário a terminologia de gênero o padre polonês residente no Brasil há 12
anos. Ele considera a ideologia de gênero de maluca, Torre de Babel, e ainda
Sodoma e Gomorra em referência às cidades destruídas com fogo e enxofre por
causa dos pecados de seus moradores. “A palavra gênero que substituir sexo. Só
há duas opções ou se é homem ou se é mulher”, afirmou padre Pedro.
O católico acredita que o governo
está jogando a responsabilidade para as câmaras de vereadores que não sabem do
que se trata essa terminologia, e que assim seguem desconstruindo a família
brasileira e que a ideologia não vai ajudar homossexuais e nem
heterossexuais.
“A adoção homossexual, quando um
casal adotar uma criança, ela é neutra. Então ela poderá escolher se quer ficar
com uma família homo ou se quer ficar com uma família heterossexual”, explicou
o padre sobre transformar a criança em um ser neutro, sem designação biológica.
Plano de Educação Estadual
Uma das metas do Plano de
Educação Estadual é criar estratégias que atendam a demandas como educação
em direitos humanos, respeito às diferenças, incluindo classe social,
orientação sexual, gênero e etnia racial. O documento elenca as metas e
ações que devem ser tomadas para a melhoria da qualidade da educação nas redes
estadual e municipal até 2025.
A proposta elaborada pelo Executivo foi
aprovada com 13 das 64 emendas apresentadas na Ales. Foram 25 votos a favor do
projeto, um contra, do deputado Sergio Majeski (PSDB), e uma abstenção do
deputado Theodorico Ferraço (DEM), que presidiu a sessão ordinária.
Arcebispo de Vitória faz carta
contra o tema e classifica o como absurdo
Dom Luiz Mancilha arcebispo de
Vitória também se pronunciou contra o tema em uma carta divulgada pela
Arquidiocese de Vitória no último dia (22/06). Na carta fala sobre alertar
famílias e educadores sobre governos ateus e materialistas que querem impor
através de lei, que as escolas sejam obrigadas a impedir que as crianças
aprendam que os seres humanos se dividem em dois gêneros: masculino e feminino.
“Esta “ideologia de gênero”
proíbe os professores e educadores, a tratarem as crianças das Creches e Escola
infantis como menina ou menino, João ou Maria. São apenas crianças. Elas virão
a saber de seu sexo quando estiverem mais amadurecidas. Absurdo!”, disse Dom
Luiz em Carta.
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