Encontro Internacional: Povos Construindo Paz
Diálogo e articulação das
experiências nacionais e internacionais de organizações de vítimas, de setores
e movimentos sociais e eclesiais, analisando processos de solução política na
perspectiva de recolher aprendizagens e gerar a articulação de agendas e de
estratégias para fortalecer as distintas iniciativas e a Rota Social Comum para
a Paz.
Justificativa
A Colômbia é um país cheio de
riquezas humanas e naturais; a apropriação dessas riquezas em função da
mercantilização e da acumulação do capital, desencadeou um conflito
socioeconômico, ambiental e armado que leva décadas sem solução.
Somos várias as gerações de
habitantes que, em meio às nossas diversidades, vivemos as consequências desse
conflito, já que a consolidação do modelo econômico tem uma ênfase no extrativo
(mineiro-energético), tem havido uma permanente violação dos direitos humanos,
marginalização e exclusão. Assistimos à reorganização das geografias da guerra,
que desconhece e destrói as territorialidades próprias. Hoje, evidencia-se a profunda
crise global do capitalismo e da democracia ocidental que se manifesta nas
ruas, em diversas expressões de indignação, em protestos, em mobilizações
sociais, políticas, em resistências populares e alternativas de
desenvolvimento.
Ao longo da história do conflito,
existiram distintos momentos onde se abre a possibilidade de resolvê-lo pela
via da solução política; no entanto, primaram as decisões políticas e militares
fundadas na ideia da derrota total do adversário. A participação do conjunto da
sociedade tem sido diferenciada em cada um desses momentos; porém, como
constante, sempre existiram vozes a favor do diálogo e as vítimas começaram a
ser protagonistas de primeira linha. A garantia dos direitos à memória, verdade
e justiça, à reparação integral e não repetição são fundamentais na consecução
da paz.
Calcula-se que em 25 anos,
aproximadamente, cinco milhões e meio de pessoas foram desalojadas
forçosamente; 8 milhões de hectares foram despojados violentamente ou usurpados
mediante mecanismos jurídicos fraudulentos; mais de 90 mil pessoas
desaparecidas forçosamente; mais de 100 mil execuções extrajudiciais, pelo
menos 10 mil torturados e umas 18 mil crianças vinculadas aos diferentes grupos
de atores armados. Isso sem contar as vítimas da violência estrutura e
econômica, a exclusão e a desigualdade social; as violações aos direitos
humanos e diferenciais como a violência contra as mulheres, jovens, crianças,
etnias; trata de pessoas; desconhecimento dos direitos dos prisioneiros
políticos e presos em geral.
A Colômbia está iniciando
publicamente um processo de diálogo entre o governo nacional e a guerrilha das
Farc-EP, em uma nova tentativa de dar passos rumo a uma solução política.
Vislumbra-se também a possibilidade de diálogo com o ELN. Apesar da importância
desses esforços, torna-se indispensável que a somatória das vozes de homens e
mulheres, dos diferentes setores sociais, populares e democráticos, presos e
prisioneiros políticos, exilados e refugiados, desalojados, desaparecidos,
vítimas, LGBTI, negritudes, indígenas, povos étnicos, pessoas com deficiências
no marco do conflito, igrejas, acadêmicos e universitários, organizações e
movimentos sociais e iniciativas que trabalham pela saídas política ao conflito
social e armado, de maneira articulada se constituem em um interlocutor
decisório, uma rota social comum, na perspectiva da constituição de um grande
movimento social e político que promova a construção de uma rota para a paz com
justiça social.
CONVOCAM:
A ROTA SOCIAL COMUM PARA A PAZ e
OUTRAS INICIATIVAS E PROCESSOS DE PAZ:
• Aceu
• Artistas por la Paz
• Campaña Permanente Tierra, Vida
y Dignidad
• Casa de la Mujer
• Colectivo Otra Colombia es
Posible
• Colombianas y Colombianos por
la Paz
• Comisión Intereclesial Justicia
y Paz
• Comité Permanente por la
Defensa de los Derechos Humanos
• Comosoc
• Congreso de los Pueblos
• Corriente Estudiantil Popular
• Feu Colombia
• Grupo de Investigación Estudios
Políticos, Normativos y D.D.H.H de la Facultad de Derecho, Universidad Autónoma
de Colombia
• Identidad Estudiantil Proceso
Nacional
• Iglesias por la Paz (Asociación
Cristiana Menonita por la Paz y Acción No Violenta "Justapaz”, Fundación
Mencoldes, Comisión de Paz del Consejo Evangélico de Colombia Cedecol, Mesa
Clai Colombia, Red Ecuménica de Colombia)
• Instituto Autónomo de Derechos
Humanos y Paz
• Izquierda Liberal
• Justicia y Vida
• Liga Estudiantil Autónoma
• Maestría en Derechos Humanos de
la Uptc
• Marcha Patriótica
• Minga Social y Comunitaria
• Movimiento Nacional de Víctimas
de Crímenes de Estado, Movice
• Mujer y Sociedad
• Project Counselling Service (Pcs)
• Proyecto Puentes para la Paz
• Rebeldía Estudiantil Organizada
• Red de Alternativas:
Comunidades Construyendo Paz
• Red de Mujeres por la Paz
• Red de Universidades por la
Paz.
Fonte: http://www.adital.com.br
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