Escritor Salman Rushdie abrirá Ciclo Fronteiras do Pensamento
O escritor Salman Rushdie inaugura em maio a edição 2014 do Fronteiras do
Pensamento em São Paulo.
O ciclo internacional de seminários trará oito nomes de destaque em diferentes áreas: literatura, ciência, filosofia, política. Um nono participante será incluído, para falar em agosto. As vendas de ingressos começam nesta quarta. Neste ano, o evento terá como tema: "a reinvenção do mundo: os conceitos que desafiam e transformam a realidade".
"Vivemos uma época de turbulência. A economia de mercado se mostrou uma
fonte inigualável de progresso, mas também de desigualdades injustificáveis,
privações e patologias sociais. O pensamento sistemático pode nos ajudar a
enfrentar essas questões. Pode nos ajudar a reinventar o mundo a cada
geração", descreve o curador Fernando Schüler, no programa de lançamento
do ciclo.
A vida de Rushdie, autor britânico de origem indiana, é um bom exemplo das turbulências que o pensamento livre pode enfrentar. Em 1989 ele publicou: "Versos Satânicos", romance considerado ofensivo a Maomé e ao islã. No mesmo ano, um decreto religioso foi emitido no Irã pelo aiatolá Khomeini, sentenciando o autor à morte, o que o forçou a se esconder até 1998, quando o governo iraniano desistiu de incentivar o cumprimento da sentença.
No outro extremo do ciclo, fechando a programação, em novembro, está outro nome literário de vulto, o argentino Ricardo Piglia. O ficcionista e crítico literário lança agora no Brasil "O Caminho de Ida" (Companhia das Letras), romance que reflete sua experiência como professor nas universidades americanas.
Entre as apresentações dos dois escritores, o elenco variado inclui o filósofo Michael Sandel. No livro: "Justiça" (Civilização Brasileira), fruto de suas concorridas aulas em Harvard, ele trata de temas como o casamento entre pessoas do mesmo sexo, suicídio, impostos e religião.
Da seara científica, estão confirmados dois físicos. O britânico Geoffrey West dedica-se a pesquisar as cidades e modelos de crescimento que estimulem a interação entre os habitantes e o espaço urbano. Já o americano Brian Greene ganhou fama por traduzir de forma simples conceitos complexos, como a teoria das cordas.
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