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Mostrando postagens de julho 21, 2008

Religião e eleições municipais – Por Maria Clara Lucchetti Bingemer

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Acompanhar pelos jornais o itinerário dos candidatos a prefeito das grandes cidades brasileiras pode constituir um bom exercício de reflexão teórica. A interação entre religião e política aparece ora reforçando algumas candidaturas, ora fragilizando-as, mas em todo caso provocando debate. Tudo isso demonstra que na verdade, ainda que se insista em separá-las, religião e política estão profundamente interligadas e uma influencia a outra quer queiramos quer não. Além disso, este estado de coisas faz patente que pretender neutralidade tanto em religião como em política nunca resulta em saída fértil e consistente. O processo que leva da adesão religiosa ao exercício de uma dada modalidade de cidadania democrática, ou inversamente, da afirmação de uma dada identidade democrática a exigências de abertura do campo religioso à lógica da política não é unilinear, nem assegurada por critérios de compatibilidade e coerência. Tudo isso já era percebido por um dos maiores teóricos da religião,

Disputas para evitar mesquitas na Europa refletem sentimento anti-muçulmano – Por Jeffrey Stinson

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Os europeus cada vez mais se opõem à construção de novas mesquitas em suas cidades à medida que o medo do terrorismo e a imigração constante alimentam o sentimento anti-muçulmano em todo o continente. A disputa mais recente acontece na Suíça, que planeja realizar um referendo nacional para banir os minaretes (torres) das mesquitas. No início desse mês, o ministro de interior da Itália prometeu fechar uma controversa mesquita em Milão. Analistas dizem que os conflitos em relação às mesquitas são a manifestação de um medo crescente de que os muçulmanos não estejam assimilando e aceitando os valores ocidentais, e de que representam uma ameaça à segurança. "É um símbolo visível do sentimento anti-muçulmano na Europa", diz Daniele Joly, diretora do Centro de Pesquisa em Relações Étnicas na Universidade de Warwick na Inglaterra. "Isso faz parte da islamofobia. Os europeus sentem-se ameaçados." As disputas refletem a ansiedade em relação aos cerca de 18 milhões de muç