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Mostrando postagens de agosto 22, 2015

Eslováquia não quer muçulmanos, só aceita refugiados cristãos

Bratislava é o primeiro governo da UE a usar a religião para filtrar os refugiados e diz que muçulmanos não se “sentiriam em casa” no país. Amar o próximo, sim, mas com uma ressalva: só se for cristão. O governo eslovaco anunciou que irá honrar o compromisso de acolher 200 refugiados sírios, a quota que lhe cabe segundo o Plano de Refugiados da UE , mas não quer muçulmanos, só cristãos.  O porta-voz do Ministério do Interior de Bratislava , Ivan Metik, explicou que a razão para os muçulmanos não serem aceites é que “não se sentiriam em casa” num país de cultura cristã. “Poderíamos acolher 800 muçulmanos, mas não há mesquitas na Eslováquia. Como vão integrar-se os muçulmanos se não vão gostar de estar cá?” , perguntou Metik na entrevista que concedeu à BBC .  A Eslováquia torna-se, assim, o primeiro país europeu a servir-se de um critério religioso como filtro na resposta à crise de refugiados. Não está, no entanto, isolada, com protestos cada vez mais audíveis

Defensores da paz cristãos e muçulmano distinguidos pela ONU

Galardão foi atribuído pela Fundação Sérgio Vieira de Mello . Dois responsáveis cristãos e um muçulmano, todos de nacionalidade centro-africana, foram distinguidos pelas Nações Unidas pelo seu papel ao nível da defesa do diálogo inter-religioso. Segundo uma notícia avançada pela Cáritas Internacional , “o arcebispo Dieudonné Nzapalainga, o imã Oumar Kobine Layama e o pastor Nicolas Guérékoyaméné-Gbangou foram agraciados pela ONU enquanto fundadores da Plataforma Inter-religiosa para a Paz”. Um organismo que, para os promotores do prémio, tem sido decisivo para “evitar que os grupos armados espalhem o caos na República Centro-Africana, através da religião”. Instituído em honra de Sérgio Vieira de Mello, enviado especial das Nações Unidas morto em 2003 num ataque suicida contra o edifício da ONU em Bagdad, no Iraque , o galardão é atribuído de dois em dois anos.  A iniciativa é coordenada por uma fundação batizada com o nome do malogrado diplomata brasileiro, que t

Maioria dos muçulmanos no Rio de Janeiro é brasileiro convertido – Por Flávia Villela

O estado do Rio de Janeiro tem aproximadamente 2 mil muçulmanos, segundo a Sociedade Beneficente Muçulmana do Rio de Janeiro (SBMRJ).   A maioria não é estrangeiro ou filho de muçulmanos, mas brasileiros que resolveram seguir a religião após conhecê-la. De acordo com a sociedade, dos cerca de 400 afiliados que frequentam a única mesquita no estado, localizada na Tijuca, zona norte, 70% são brasileiros. A maior parte escolheu o islamismo na idade adulta. “A maioria acha que não somos brasileiras. Quando digo que sou, perguntam se minha família é da Arábia Saudita”, informou a aeronauta carioca Ana Cláudia Mascarenhas, que se converteu ao islamismo há cinco anos. Ela tinha 25 anos quando entrou em uma mesquita. Antes, foi casada com uma pessoa não muçulmana, teve duas filhas e era adepta do espiritismo. Aos 45 anos, Ana Cláudia conta que se descobriu com a nova religião. “Desde criança, tinha uma ligação inexplicável com o Oriente Médio. Fui crescendo, gostando cada ve

Muçulmanos estão entre as principais vítimas de intolerância religiosa no Rio de Janeiro - Por Flávia Villela

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Insultos, cusparadas, pedradas e ameaças de morte são algumas das denúncias de agressões contra muçulmanos no Rio de Janeiro nos últimos meses. Depois dos adeptos das religiões de matriz africana, os seguidores do islã são os que mais sofrem com a intolerância religiosa no estado, segundo o Centro de Promoção da Liberdade Religiosa e Direitos Humanos da Secretaria de Direitos Humanos e Assistência Social .  Desde Janeiro, pelo menos uma denúncia é recebida mensalmente. A estimativa é que haja 2 mil muçulmanos vivendo no R io de Janeiro . Os números destoam dos demais estados do Brasil. Apenas cinco denúncias de Islamofobia foram feitas ao Disque 100 da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República . As mulheres, mais facilmente identificadas nas ruas pelo uso do véu, são as principais vítimas de violência.  A aeromoça Ana Cláudia Mascarenhas, 43 anos, levou um soco de um homem após ser xingada de terrorista em pleno centro da cidade.   “Fui fazer exam