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Mostrando postagens de janeiro 12, 2015

Rainha da Jordânia mostra repulsa contra quem mata em nome do islã

A rainha Rania, da Jordânia , que participou neste domingo da marcha pela república, contra o terrorismo em Paris , expressou sua repulsa a quem ofende o islã e " matam pessoas a sangue frio" em nome da religião. Em sua página pessoal no Facebook , a rainha assinalou que sente "dor" diante dos que ofendem o islã, assim como pelas "ofensas contra outras religiões e ideologias religiosas dos outros". "Sinto ainda mais dor pelo uso do islã por parte de determinado grupo para justificar os assassinatos de civis a sangue frio, que não tem nada a ver com o islã. Não são mais do que extremistas que querem matar por qualquer motivo e a qualquer preço", acrescentou. Rania participou da passeata em Paris junto de seu marido, o rei Abdullah II, um gesto que mostrou seu apoio ao povo francês contra o extremismo e a favor do islã como "religião de paz, misericórdia e tolerância". A manifestação, que percorre o centro de Paris

Paris, 2015: Capital da liberdade – Por João Carlos Espada

Só com o exercício da liberdade, sem excepções, poderemos defender a liberdade. O mundo livre condenou unanimemente e com horror os bárbaros atentados terroristas em Paris , na semana passada. Ontem mesmo, uma grande manifestação europeia teve lugar na cidade das luzes (escrevo no início do evento), reunindo chefes de Governo de vários países, entre os quais Portugal. Não é caso para menos. Os atentados contra os jornalistas do Charlie Hebdo e contra a mercearia judaica de Porte de Vincennes culminam uma série de atentados contra vidas inocentes em capitais ocidentais, em nome do islamismo radical.  Não são certamente os únicos casos de violência gratuita que ocorrem no mundo. Mas certamente constituem um padrão e fazem parte de uma agressiva campanha terrorista contra a liberdade e o modo de vida ocidental, em nome do islamismo radical: as torres gémeas em 2001, Amesterdão e Madrid em 2004, Londres em 2007 e 2013, Sydney em 2014, para citar apenas alguns. Seria

"O problema não é a religião" – Por Felix Steiner

Os ataques brutais de terroristas islâmicos na França chocaram a Europa.  Mas não é por isso que o islã e todo tipo de crença religiosa devem ser desacreditados, opina Felix Steiner, da redação alemã da DW. É hora de fazer uma confissão: sou católico. E gosto de sê-lo. Minha fé me dá forças. E a sensação boa de ser mais do que apenas uma aberração da natureza, mais do que apenas um acaso biológico que surgiu do nada e que algum dia desaparecerá no nada novamente. Sou um reflexo de Deus, que os judeus chamam de Jeová e os muçulmanos de Alá. Isso está no Gênesis, sagrado para judeus e cristãos. E por causa da minha fé tenho dignidade, assim como todos os seres humanos. Uma dignidade que é inviolável, que deveria ser respeitada e protegida. Não é coincidência que exatamente isso conste na primeira frase do Artigo 1º da Constituição alemã. Aqueles que não precisam ter na fé um ponto de apoio fiquem à vontade. As sociedades livres do Ocidente não obrigam ninguém a acred

'Ele foi morto por pessoas que fingiam ser muçulmanas', diz irmão de policial assassinado

Agonizando na calçada após troca de tiros, Ahmed Merabet foi vítima de um disparo fatal após invasão ao jornal "Charlie Hebdo". O irmão do policial Ahmed Merabet, assassinado enquanto agonizava na calçada por atiradores que haviam invadido momentos antes o jornal satírico "Charlie Hebdo" , afirmou que ele foi morto por "pessoas que fingiam ser muçulmanas". A morte de Merabet, que era muçulmano, foi gravada em vídeo e se tornou rapidamente símbolo da crueldade do ataque à redação do semanário. Em entrevista coletiva a jornalistas neste sábado, Malek Merabet definiu seu irmão como "um francês de origem argelina e de confissão muçulmana, muito orgulhoso de representar a polícia francesa e de defender os ideais da República: liberdade, igualdade e fraternidade". Muito emocionado, ele falou que Ahmed "tinha a vontade de envelhecer com sua mãe e seus entes queridos após o falecimento de seu pai há 20 anos". "Pila

O espírito imortal de Charlie - Por Sérgio Abranches

“A França é o paraíso” , diz o extraordinário Georges Wolinski, para o não menos extraordinário Cabu (Jean Cabut), em diálogo na reunião de pauta, em 2006, na Charlie Hebdo , quando discutiam a publicação das caricaturas dinamarquesas retratando Maomé. O diálogo foi registrado por Jérôme Lambert e Philippe Picard, no documentário:  “Charlie Hebdo: rire de tout, toujours” (com legendas em inglês). Wolinski falava da censura ideológica. Ele disse isso porque na França era possível fazer caricaturas de qualquer líder político ou em relação a qualquer tema ou religião.  François Hollande que o diga. Foi retratado com total irreverência na capa de  Charlie Hebdo  e indignou-se com a morte dos caricaturistas. A república francesa, retratada pela figura de mulher com a faixa trazendo os dizeres: “Liberté, égalité, fraternité” , que é, sem dúvida, a mais laica das repúblicas. A Revolução Francesa foi, também, um movimento por um estado laico. Em um país que foi sede do

Jornal não deveria fazer sátira com Maomé, afirma professora – Por Paulo Lopes

Ao comentar o ataque de terroristas da Al Qeda ao  Charlie Hebdo , jornal francês de humor, Arlene Clemesha, professora de História Árabe na USP , colocou a crença islâmica acima da liberdade de expressão e de imprensa, um valor universal que faz parte da dignidade humana. Clemesha disse ao Globo News que o jornal francês não deveria ter satirizado Maomé porque isso foi uma ofensa aos muçulmanos. Ou seja, no entendimento da professora, o jornal de sátira não deveria fazer… sátira, pelo menos em relação ao profeta. "Não se deve fazer humor com o outro" , afirmou. Assim, a professora deixou subentendido que o Hebdo deveria se pautar pelo Corão, mesmo sendo um jornal de humor em cuja equipe há cartunistas e jornalistas sem religião, ateus e cristãos. Soma-se a isso ao fato de a França ser um país laico e ter uma história marcada pela luta por liberdade. Ela ressaltou que não estava defendendo o ataque terrorista, mas, acrescentou, mesmo assim as pessoas devem “